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Centros de Juventude do DF terão representante nos jogos olímpicos

Com história de superação, a professora Sarah Guta foi a única selecionada pela Secretaria de Políticas para Crianças, Adolescentes e Juventude para representar Brasília na capital carioca

atualizado

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Tony Winston/Agência Brasília
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1 de 1 centro-juventude - Foto: Tony Winston/Agência Brasília

O trabalho de inclusão social de crianças e adolescentes nos dois Centros de Juventude do Distrito Federal — na Estrutural e em Ceilândia — será representado no Rio de Janeiro, durante os jogos olímpicos, pela professora de música Sarah Guta. Ela foi selecionada entre os colaboradores da Secretaria de Políticas para Crianças, Adolescentes e Juventude do DF para participar do projeto Rio 2016: Olimpíadas dos Direitos de Crianças e Adolescentes, executado pela Frente Nacional de Prefeitos e outras entidades

Ela e outros oito voluntários de todo o país viajarão para a capital carioca e terão a missão de abordar turistas e falar sobre os principais direitos das crianças e dos adolescentes durante os dias de competição, de 5 a 21 de agosto. Os idealizadores do projeto definiram cinco pontos principais: exploração sexual, trabalho infantil, jovens desaparecidos ou perdidos, uso de álcool e outras drogas e adolescentes que atualmente vivem na rua.

Segundo a subsecretária de Juventude da Secretaria de Políticas para Crianças, Adolescentes e Juventude, Aline Bezerra, Sarah foi escolhida por representar bem o serviço dos centros de juventude, além de preencher os pré-requisitos do projeto: ter de 18 a 29 anos, fazer parte da rede local de proteção de crianças e adolescentes e ter experiência em atividades sociais.

A trajetória da vida de Sarah e o seu comprometimento com o voluntariado — ela também ensina canto em instituições que atendem pessoas carentes — a levou a ser a escolhida pela pasta. A jovem não se lembra da primeira vez que cantou com precisão alguma música, mas tem certeza que aos 7 anos a paixão pela arte já tinha chegado para ficar. O dom sempre guiou sua história e agora, aos 21 anos, a levará ao Rio de Janeiro, como voluntária nos jogos olímpicos de 2016.

Os centros de juventude do DF, onde Sarah trabalha, oferece serviços como qualificação profissional, atividades de convivência e assistência social a jovens de 15 a 29 anos. Os atendidos são encaminhados pelos Centros de Referência de Assistência Social, com prioridade para aqueles de famílias do CadÚnico. Cada unidade tem capacidade para atender 75 pessoas.

O projeto Rio 2016: Olimpíadas dos Direitos de Crianças e Adolescentes é uma parceria entre a Frente Nacional de Prefeitos, a Viva Rio, a ISCOS Piemonte, a Rede Internacional ECPAT França e os municípios do Rio de Janeiro e de Porto Alegre. Brasília foi uma das unidades da federação que receberam uma vaga, que foi preenchida por Sarah. Tudo será custeado pelos responsáveis pelo projeto.

Sensibilização 
Em Brasília, também ocorrerá iniciativa semelhante durante os dias em que a capital federal receberá competições dos jogos olímpicos. Jovens dos Centros de Juventude e do Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente entregarão material informativo em 4 de agosto a quem for ao Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha para assistir às partidas entre Dinamarca e Iraque, às 13 horas, e Brasil e África do Sul, às 16 horas. Nos demais dias de jogos, o serviço será prestado pelos conselheiros comunitários. Haverá dez partidas de futebol em Brasília durante o torneio mundial.

O nome artístico da voluntária brasiliense — o de registro é Sarah Katlyn da Costa Bezerra — veio do avô, Guto, que ela não conheceu, mas que, de alguma forma, lhe inspirou a seguir o dom do canto.

Aos 12 anos, foi expulsa de casa pela mãe por se recusar a deixar de aprender música e de tocar violão na igreja. Passou dificuldade financeira e começou a trabalhar para sobreviver. Com 14 anos, tocava em barzinhos e escolas e começou a dar as primeiras aulas particulares. Apesar das dificuldades, a menina nunca pensou em desistir. “Eu amo a música e eu sempre soube que ia vencer”, conta.

Foi quando completou 19 anos, depois de sofrer de depressão, que ocorreu o que ela hoje enxerga como salvação. Sarah começou a trabalhar nos Centros de Juventude do DF como professora de música, o que lhe permite pagar duas faculdades — ela estuda direito e música. “Por causa dos meus alunos, consegui me recuperar e mudar a minha vida completamente. Conhecendo a história de cada um deles, passei a dar o melhor de mim para me tornar um exemplo”, diz orgulhosa. “Só quem ama pode falar de amor. Só quem vence pode falar em vitória.”

Centros de Juventude do Distrito Federal
Estrutural
Área Especial Nº 8, Praça Central
Aberto de segunda-feira a sexta-feira
Das 8 às 18 horas
(61) 3234-2195

Ceilândia
QL 14, lote 74, Setor de Indústria – Ceilândia Norte
Aberto de segunda-feira a sexta-feira
Das 8 às 18 horas
(61) 3234-2195

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