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Acusado de assédio por alunas, professor tem contrato suspenso no DF

O docente, que lecionava no Cemab de Taguatinga, ficará afastado até que as denúncias sejam apuradas no âmbito administrativo

atualizado

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1 de 1 cemab2 - Foto: Google Street View/Reprodução

Após ter sido afastado de sala de aula, o professor de artes acusado de assédio sexual por estudantes do Centro de Ensino Médio Ave Branca (Cemab), de Taguatinga, teve o contrato temporário suspenso pela Secretaria de Educação. A situação se mantém até que a denúncia seja apurada.

Caso as informações sejam verdadeiras, o professor será suspenso do banco de dados da pasta. “Se ficar comprovada a responsabilidade do professor, a secretaria vai notificar o Ministério Público do DF para que as devidas providências sejam tomadas”, destacou ainda a SEEDF, por meio de nota. O nome do docente não foi divulgado.

A escola recebeu uma denúncia na semana passada e o caso vem sendo apurado pela Regional de Ensino desde então. Nessa terça-feira (10/09/2019), alunas organizaram um protesto. De acordo com relatos das estudantes, o educador “dirigia olhares maliciosos” a adolescentes com idades entre 17 e 19 anos e fazia “comentários maldosos”. Aos gritos de “Assédio, aqui não”, as alunas pediam a saída efetiva do professor.

Durante o ato (veja abaixo), realizado no pátio do centro de ensino, as estudantes distribuíram livros com as denúncias das adolescentes supostamente assediadas pelo docente. O material traz, pelo menos, cinco casos. Uma delas conta ter sido chamada de “delícia” pelo acusado.

Em uma das acusações, uma adolescente de 17 anos conta que o suspeito quis tocá-la. “O professor me chamava na mesa dele e ficava tentando alisar a minha mão. Isso é algo que me deixa muito sem graça, sem saber reagir, e eu acabo rindo de nervoso”, disse a jovem.

Outra estudante, de mesma idade, relatou que o educador teria elogiado sua coxa. “Me viu de calça rasgada e disse na frente da turma inteira que tenho um coxão, além das piadinhas que jogava para cima de mim, falando sobre namoro, me chamando de linda. Me disseram que quando eu virava as costas, ele olhava para a minha bunda”.

Confira o livro escrito pelas alunas com os relatos:

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Demissões
Em agosto, o Metrópoles revelou que 110 servidores públicos foram demitidos acusados de cometerem infrações graves. Segundo levantamento feito pela Controladoria-Geral do Distrito Federal (CGDF), as denúncias incluíam assédio sexual em escolas, apresentação de atestados falsos, improbidade administrativa, além de funcionários públicos que tinham empresas, acumulações indevidas de cargos e de vantagem.

Em um dos casos que gerou demissão, segundo a CGDF, um professor abusou de uma menor por um ano. A menina não era aluna do acusado, mas estudava na mesma escola na qual ele lecionava. A mãe da garota, que era conhecida da esposa do professor, teve problemas com o uso de drogas e precisou se internar.

Como não tinha com quem deixar a filha, pediu para o casal cuidar da adolescente, que ficou hospedada na casa deles. Durante o período, ele abusou da menina. Quando a mãe saiu da clínica, a garota contou tudo para ela. A genitora da vítima denunciou o professor, que foi condenado a 14 anos de reclusão e está preso.

Outro processo julgado que gerou demissão foi o de uma aluna surda, de uma escola especial do DF, que pegou carona com um docente e, no meio do caminho, ele a assediou sexualmente e manteve relações sexuais com estudante. Depois, a vítima contou para a mãe, que fez a denúncia.

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