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Participação em pesquisas clínicas ajuda a melhorar a vida das pessoas

Em Brasília, o L2 IP Instituto de pesquisas clínicas promove estudos de diversos tratamentos há mais de cinco anos

National Cancer Institute/Unsplash
Pesquisa clínica
1 de 1 Pesquisa clínica - Foto: National Cancer Institute/Unsplash

atualizado

Para um remédio chegar até a farmácia e, consequentemente, ser uma alternativa de tratamento para determinada doença é necessário um longo e rigoroso processo de pesquisa e investigação. No decorrer desse caminho, a participação voluntária de diferentes pessoas é fundamental para a conclusão dos estudos clínicos. Isso porque, além de poder usufruir de um procedimento que ainda não existe ou não está disponível, a participação voluntária contribui para o desenvolvimento da ciência e para a melhora da qualidade de vida das pessoas.

Em Brasília, há mais de cinco anos, o L2 IP Instituto de pesquisas clínicas é um instituto multi-terapêutico dedicado à entrega especializada de opções de tratamento para voluntários. Dirigida pelo médico geriatra, com PhD pela Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, Eduardo Vasconcellos, a instituição privada estabelece parcerias com as empresas farmacêuticas e de biotecnologia mais inovadoras e significativas do mundo para promover a assistência e o bem-estar. 

Localizado na L2 Sul, o Instituto de Pesquisas L2 IP contabiliza mais de 2000 voluntários participantes em estudos clínicos

Ao todo, o instituto brasiliense já participou de mais de 30 investigações de diversas patologias. Entre elas, mal de Alzheimer, osteoporose e complicações renais do diabetes, como a nefropatia.

“É muito importante para Brasília ter um instituto de pesquisas clínicas, porque os estudos serão conduzidos na nossa população. Além disso, você vira um polo de boa prática médica, porque todo centro de pesquisa gera bons profissionais. Você também dá acesso a tratamento de ponta não existente ainda para doenças que ou não tem tratamento ou os tratamentos não são eficazes. E você desafoga o sistema de saúde público”, comenta Vasconcellos.

Nas dependências do L2 IP, localizado na Asa Sul, são promovidas pesquisas clínicas fase 2 e fase 3. Ou seja, aquelas com participantes nas quais são avaliadas a eficácia e a segurança de determinada substância. 

“Como somos um instituto privado, tudo isso acontece a um custo zero para o contribuinte brasileiro e para o voluntário que está participando. Ou seja, trazemos tecnologia, agregamos conhecimento, empregamos mão de obra qualificada, trazemos divisas, pois os estudos são internacionais, e, sobretudo, trazemos bem-estar social”, afirma Vasconcellos. 

Segurança

Para ser iniciado, um estudo clínico passa por três instâncias regulatórias: os conselhos de Ética local e nacional, ligados ao Ministério da Saúde, e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Além disso, ao participar da pesquisa, a pessoa assina voluntariamente um termo de consentimento, no qual todos os riscos e os benefícios do estudo são explicados. O participante pode sanar todas as dúvidas com os médicos responsáveis pela pesquisa e é informado de que pode deixar o teste a qualquer momento.

Durante todo o período da investigação, o participante é acompanhado por uma equipe dedicada, que inclui médicos, enfermeiros, farmacêuticos, biomédicos, psicólogos e biotecnólogos. Tudo sem custo. Também é válido ressaltar que os voluntários estão contribuindo com o avanço da medicina e no desenvolvimento de novos medicamentos ou vacinas. E estão tendo acesso a tratamentos e medicamentos de alto custo, muitas vezes não disponíveis na rede pública ou privada.

Apesar desses benefícios e do importante papel social que a participação voluntária em pesquisas clínicas tem, ainda é pequena a quantidade de pessoas que procuram os estudos. De acordo com Vasconcellos, o Brasil faz 2% da pesquisa mundial. “O que é muito pouco pela nossa importância, pelo nosso tamanho e pela composição étnica da nossa população. Para ter uma ideia, oito em cada 10 estudos ocorrem nos Estados Unidos”, pontua o médico.

médico Eduardo Vasconcellos
Dr. Eduardo Vasconcellos, diretor do L2 IP Instituto de pesquisas clínicas

Na avaliação do diretor, alguns fatores explicam a baixa adesão da sociedade. “O primeiro é o desconhecimento. A maioria dos brasileiros nunca ouviu falar sobre pesquisa clínica. Agora, com a epidemia, começou a falar-se mais, mas as pessoas, de um modo geral, desconhecem o quanto é útil para a vida de todos nós. Segundo, as pessoas têm uma visão preconceituosa. Outro fator é a questão cultural. Não é um conceito que nós brasileiros incorporamos por hora”, justifica.

De um modo geral, qualquer pessoa pode participar de um estudo clínico. No entanto, é importante destacar que cada pesquisa tem como foco uma patologia e está voltada a um determinado grupo de pacientes. “A pessoa vai participar de um estudo se ela for elegível para o estudo. Tendo a doença ou o interesse em participar de um estudo de vacina, por exemplo, ela se inscreve no nosso site ou entra em contato com a gente. Em seguida, ela é vista por um dos médicos dos estudos para avaliar se ela se encontra dentro dos critérios”, descreve Vasconcellos. 

Em andamento

Atualmente, o L2 IP promove mais de cinco estudos clínicos para diferentes patologias. Entre eles, destaca-se a pesquisa para esclerose múltipla, com foco em pessoas diagnosticadas com a doença. “Está em teste um anticorpo que já é utilizado na Europa como tratamento, no qual cada ampola custa mais de 1500 euros e a pessoa vai receber isso por três anos a custo zero. Assim, não vai precisar judicializar, porque algumas pessoas, com o intuito de receber o tratamento, entram junto ao Ministério Público obrigando o Ministério da Saúde a importar ou oferecer o medicamento. Além disso, nesse estudo só quatro centros de pesquisa no Brasil estão participando e nós somos os únicos da região central do país”, comenta o diretor, Eduardo Vasconcellos. 

Outra investigação recente da instituição brasiliense é para pacientes diagnosticados com depressão grave. “Para pessoas que estejam há 12 meses em tratamento com dois antidepressivos, não tiveram boa resposta e estão com pensamento mórbido, ideação suicida e insônia”, explica Vasconcellos. Na pesquisa, será testado um novo medicamento para a patologia.

Também estão sendo conduzidos estudos relacionados à Covid-19, como de uma vacina contra as novas variantes do vírus e um anticorpo para a Covid ativa entre o quinto dia da doença e o nono dia. 

Outro estudo que está para começar é o de Alzheimer. Nele, será investigado um novo medicamento que visa a retardar ou impedir o avanço da patologia na fase inicial. “Vamos acompanhar pessoas com histórico familiar da doença”, descreve o diretor. Isso porque a ideia é assistir pacientes que ainda não tiveram a deterioração do sistema nervoso central. 

Instituto de Pesquisas L2 IP

Endereço: SGAS 613, lote 95, Centro Médico Hospitalar L2, Sala 6, Subsolo
Telefone: (61) 98296 0015 (WhatsApp) e 3445-4300
Site: l2ip.com.br

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