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Quem foi jovem na capital do país no início dos anos 1990 pode presenciar uma das maiores festas da história de Brasília, a Micarecandanga. Sem rock’n’roll e roda punk de bate-cabeça, mas muito abadá e caminhão open bar de chopp, os maiores nomes da música baiana desfilaram em trios elétricos pelo Eixão e Esplanada dos Ministérios tocando grandes clássicos do axé.
O próprio criador do festival, Marcelo Piano, conta que é roqueiro de carteirinha, mas a escolha pelo ritmo diferente foi para trazer um novo modelo de negócio à Brasília. “Enquanto o rock tinha todo aquele frisson, o axé era mais contínuo e arrebatava mais o público, porque ele é o pano de fundo de toda a alegria”, explica Piano.
Frequentador assíduo da Micarê, o produtor cultural Rodrigo Verri, afirma que foi à primeira edição sem acreditar muito, mas logo que o trio começou a andar e a corda subiu, viu que seria um sucesso.
“Lembro de comprar no escuro, não tinha internet, foi meio no boca-a-boca. Era um domingo e fomos parar no meio do Eixão. Comprei o abadá, mas muitos amigos não compraram porque achavam que não ia dar certo. Mas quando o Durval, do Asa de Águia, começou a cantar, foi indescritível”, lembra Verri.
Hoje, os dois são sócios e dão continuidade ao evento com o Festival Micarê. Eles são os entrevistados do videocast “O dia que Brasília parou”, apresentado pelo jornalista João Carlos Amador.
Acesse a página especial do projeto “O dia que Brasília parou” e assista outros episódios. O videocast tem o oferecimento de Sabin Medicina Diagnóstica e o apoio de Claro, O Boticário, Senac-DF, Universidade Católica de Brasília, Guaraná Kuat, Hospital Anchieta, Só Reparos, Capital de Prêmios e BSB Memo.