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Covid-19: veja cargos em 5 setores que estão contratando em meio à pandemia

Levantamento da Page Interim, consultoria especializada em RH, mostra as oportunidades mesmo em tempo de coronavírus e demissões

atualizado

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Valdecir Galor/SMCS
Carteiras de trabalho sobre a mesa
1 de 1 Carteiras de trabalho sobre a mesa - Foto: Valdecir Galor/SMCS

O movimento de contratações de terceiros e temporários aumentou em diferentes setores em decorrência da pandemia do novo coronavírus. É o que revela levantamento da Page Interim, consultoria especializada em recrutamento, seleção e administração de profissionais terceirizados e temporários. O estudo mostra que os setores de TI, Vendas, Finanças, RH e Saúde estão liderando a procura por profissionais nesse momento.

De acordo com Maíra Campos, diretora da Page Interim, apesar da instabilidade econômica atual, há mudança de estratégia de diversas empresas, que acompanham a complexidade do cenário proporcionado pela pandemia. “A adaptação às novas demandas e a digitalização dos negócios é uma necessidade cada vez mais evidente. Também encontramos diversos desafios de estabilização de operações, reajustes de departamentos e a busca por reduções de custos significativos, que variam de acordo com as especificações das empresas”, conta.

Para a executiva, o investimento em novos cursos e tecnologias é uma boa alternativa para reforçar funções e aprendizados tradicionais e oferecer diferenciais às empresas que estão contratando.

Confira abaixo os cargos apontados pelo Page Interim como os mais demandados por área para contratações de terceiros e temporários:

Tecnologia da informação (TI)

Cargo: analista de infraestrutura

O que faz: trabalha principalmente com o suporte a planejamento, seleção e manutenção de softwares, hardware e redes; também em suporte técnico, resolvendo chamados de instalação, configuração e solucionando as principais dúvidas da operação. A média salarial varia de R$ 4 mil a R$ 5,5 mil.

Motivo para a alta: as emergentes necessidades de home office impulsionaram o aumento da demanda de profissionais para prestar suporte ao processo de migração. Conhecimentos adicionais em tecnologias cloud e de trabalho colaborativo também têm sido valorizados frente às adaptações ao trabalho remoto.

Cargo: Desenvolvedor web

O que faz: desenvolvedores generalistas para ambiente web têm ganhado importância pela adaptabilidade a diferentes linguagens e necessidades, realizando entregas com alta qualidade e voltadas ao mercado digital. Média salarial é a partir de R$ 6,5 mil.

Motivo para a alta: com migrações a ambientes web (sites e aplicações) dos mais diferentes negócios, os desenvolvedores web tornaram-se requisitados para compor equipes tecnicamente especializadas. O termo também vem se tornando mais conhecido devido à popularização de diversos cursos e da flexibilização de perfil de atuação dos profissionais da área.

Cargo: analista de user experience/ user interface

O que faz: profissional com proficiência em identificar problemas de uso em interfaces, criando hipóteses e testes para soluções. Realizam testes A/B e criam o design da experiência do usuário que amplifique métricas de acesso, utilização e retorno. Também são responsáveis pelo desenvolvimento de layouts, wireframes e protótipos. Os salários oferecidos são a partir de R$ 5 mil.

Motivo para a alta: diversas empresas estão reavaliando todos seus canais de comunicação e distribuição de bens e serviços. Com o isolamento social, cada aumento na taxa de conversão e resultados dentro da interação do usuário tem impacto positivo no resultado dos negócios.

Vendas

Cargo: analista de customer service

O que faz: resolve questões de agendamento de pedidos, ocorrência de entregas e direcionamento de resolução. Prestam atendimento telefônico por diferentes canais. Fazem follow-up de todos atendimentos, buscando excelência e resolução efetiva. Média salarial: R$ 3 mil a R$ 4.5 mil.

Motivo para a alta: com o aumento de demandas virtuais, que vão para além dos canais tradicionais, a preocupação com qualidade de atendimento ao cliente final e aos colaboradores também se intensificou. Então, houve crescimento na busca das empresas por estes profissionais.

Cargo: analista de compras

O que faz: prospecção e cotações no mercado; renegociações com clientes; compras internacionais e nacionais e gestão de carteira de fornecedores. Média salarial: R$ 4.5 mil a R$ 5.5 mil.

Motivo para a alta: a redução de custos latentes e imediatos traz potencial para renegociações de contratos, planejamento de demandas e gestão de fornecedores. Então, a demanda profissional por analistas de compras aumentou.

Finanças

Cargo: analista de cobrança

O que faz: responsável pela atividade de recebimento e cobrança; atendimento a clientes internos e externos; construção de indicadores para acompanhamento da carteira de cobrança; conhecimento de rotinas como régua de cobrança, controle de inadimplência, renegociação; gestão de contratos comerciais. Média salarial: R$ 3 mil a R$ 6 mil.

Motivo para a alta: no contexto atual, o mercado apresenta maior necessidade de profissionais que tenham habilidade de negociação para ajustes no fluxo de caixa, cobranças pendentes e planejamento para redução de PDD (provisão de devedores duvidosos).

Cargo: analista contábil a coordenador de controladoria

O que faz: realiza conciliações e relatórios; atendimento à auditoria externa e revisão das demonstrações financeiras anuais; aprovação e revisão de ordens de compra de acordo com classificação contábil, condições fiscais e financeiras com verba orçamentária e é responsável pela estrutura de rateio de custos (intercompany). Média salarial: analista – R$ 5 mil a R$ 7 mil e coordenador – R$ 8 mil.

Motivo para a alta: O momento demonstra maior necessidade de ter a contabilidade dos negócios em dia. O profissional torna-se importante por fazer a revisão e reportar as demonstrações financeiras, orientando as melhores estratégias para a empresa.

Cargo: analista de faturamento

O que faz: analisa e valida todo o fluxo de notas fiscais; audita a precisão das informações de faturamento e monitora a operação; configura contratos para faturamento e cobrança; auxilia nas tarefas relacionadas ao closing do mês. Média salarial: analista júnior a pleno – R$ 2 mil a R$ 4 mil – analista sênior é R$ 6 mil.

Motivo para a alta: Com o contexto atual e as operações virtuais, o volume de emissão de notas pode aumentar, exigindo êxito e acompanhamento profissional.

Saúde

Cargo: técnico de enfermagem

O que faz: profissional presta assistência direta ao paciente, administrando medicações e curativos, aferindo a pressão e temperatura, coletando material para exames laboratoriais, realizar banho no leito de pacientes acamados, entre outras funções. Média salarial: R$ 2.5 mil a R$ 3.5 mil.

Motivo para a alta: são profissionais essenciais durante o momento atual do país, em relação à pandemia de covid-19. Com o aumento do número de pacientes, procuram-se mais profissionais para evitar o colapso do sistema de saúde e também para revezar jornadas de trabalho. Os decretos governamentais têm aumentado a busca pela contratação temporária na área.

Cargo: psicólogo

O que faz: atua em propostas de terapia remota individual a grupos ou plantões psicológicos, realizando diagnóstico e tratamento dentro de linhas psicoterapêuticas. Média salarial: R$ 4 mil e R$ 5.5 mil.

Motivo para a alta: saúde mental é uma pauta cada vez mais vital nas empresas. Em momentos de crise e readaptação, este profissional tem sido cada vez mais procurado para promover escuta e diálogo frente aos desafios e ansiedades individuais decorrentes.

Recursos humanos (RH)

Cargo: coordenador a gerente de RH (folha de pagamento e gestão de crise)

O que faz: coordena estrategicamente todos os processos de folha junto a área Financeira – recolhimento de impostos, obrigações trabalhistas, cálculo e conferência de pagamentos; além disso, pode buscar novas parcerias com fornecedores (ex: benefícios) e propor otimização sistêmicas de diversos processos operacionais. Salário a partir de R$ 8,5 mil.

Motivo para a alta: reavaliar recursos de folha é uma estratégica para o manejo de crise. O profissional que, dentro da legislação – lembrando da MP 936 recém-publicada – e ética profissional conseguir promover redução de custos junto às estratégias definidas pela empresa, torna-se altamente valioso neste momento.

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