Sophie Charlotte fala sobre a morte recente do pai: “Me incentivou a ser atriz”
Capa da Marie Claire, atriz fala também sobre maternidade, casamento com o ator Daniel de Oliveira, família e pandemia
atualizado
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A Marie Claire de setembro traz a atriz Sophie Charlotte em um ensaio de moda na edição que é conhecida como September Issue, focada na apresentação de novas coleções e tendências.
Há 15 anos conquistando o país com seu talento na TV, Sophie acaba de finalizar as gravações de O Anjo de Hamburgo, série de Jayme Monjardim que conta a história de Aracy de Carvalho, uma mulher brasileira que, nos anos de 1930, se desquitou e foi recomeçar a vida na Alemanha com um filho de 5 anos. Lá, conseguiu um emprego no Consulado Brasileiro e usou do cargo para ajudar judeus a fugirem dos horrores da Segunda Guerra. No meio dessa jornada, casou-se com o cônsul adjunto, que, tempos mais tarde, virou escritor. Seu nome? João Guimarães Rosa, que dedicou Grande Sertão Veredas, uma das obras mais importantes e geniais da literatura brasileira, à amada.
A personagem falou tanto ao coração de Sophie que, quando soube da série, inteira gravada em inglês – a primeira do Brasil nesse formato, implorou ao diretor para viver o papel central da trama, que ainda não tem data de estreia, mas será exibida pela Globosat no Brasil e pela Sony no exterior. “É muito forte quando isso acontece. Não é sempre que você se vê tão conectada a uma personagem, não só pela curiosidade, mas também pela sua história pessoal e pela sua ancestralidade”, explica ela: “Atuar em outra língua é que nem colorir todo um cenário novamente, porque a sua relação com a palavra falada é uma relação da vida toda”.
Além disso, Sophie se prepara para viver a cantora Gal Costa no cinema, num filme biográfico de Dandara Ferreira e Lô Politi. “Medo não, estou apavorada!”, sobre encarnar uma das maiores cantoras do Brasil. Na entrevista, a taurina que adora Carnaval fala também sobre maternidade, casamento com o ator Daniel de Oliveira, família e pandemia. Pela primeira vez, Sophia também comenta sobre a morte do pai, o cabeleireiro e maquiador José Mário da Silva, que faleceu na pandemia, seis meses atrás, aos 62 anos: “Foi a pessoa que sonhou comigo o meu sonho. Me incentivou a ser atriz, fazer balé, só era reticente quanto à carreira de modelo”. E completa: “O grande problema é que, além da crise sanitária, a gente tem a crise política, a crise ética, a crise econômica, a crise social”.