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Lázaro escondia munição e drogas em casa no DF. Veja lista

Informações obtidas com exclusividade pelo Metrópoles reforçam o perfil violento do maníaco procurado há duas semanas no Entorno do DF

atualizado

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Reprodução/PCGO
Lázaro Barbosa
1 de 1 Lázaro Barbosa - Foto: Reprodução/PCGO

Os investigadores que se aprofundam em colher provas contra Lázaro Barbosa de Sousa, 32 anos, apreenderam pelo menos três dezenas de munições intactas na casa do criminoso, localizada numa chácara de Ceilândia, cidade a 30km de distância de Brasília. Em fuga há 15 dias, o maníaco é suspeito de matar uma família na capital do país e balear outras cinco pessoas numa série de assaltos em chácaras no DF e em Goiás.

Informações obtidas com exclusividade pelo Metrópoles apontam que, além das 34 munições de arma da marca CBC, calibre .38, automático, intactas, os policiais também acharam dois cartuchos de munição calibre 12 e três de calibre .22, todas prontas para o uso. O material foi encontrado dentro do quarto do foragido.

A extensa lista de objetos suspeitos ainda é composta por estojos para munições calibres .38 e .32, aparentemente deflagrados, contendo no seu interior projéteis apreendidos pelas autoridades responsáveis pelo caso. A Polícia Civil (PCDF) também identificou na residência do maníaco foragido um cigarro “aparentando ser de entorpecente vulgarmente conhecido como maconha”, encontrado na cômoda do quarto do suspeito.

Além disso, os policiais investigam o conteúdo de um pen drive na cor rosa, também abandonado no quarto de Lázaro, e vistoriam um capacete deixado na área de serviço da residência. Na loja da família que fica no mesmo endereço, as buscas recolheram um aparelho que grava câmeras de segurança.

Veja a lista da apreensão:

  1. Um capacete tamanho 58, na cor preta, com detalhes na cor laranja;
  2. Uma jaqueta, marca Talim, tamanho M, aparentemente de couro, na cor preta;
  3. Uma jaqueta sem marca aparente, tamanho GG, contendo a inscrição ‘Grupo Port Service Prestação de Serviço”, na cor preta, com detalhes na cor azul;
  4. Um cigarro contendo substância parda, esverdeada, envolta por papel de seda aparentando ser de entorpecente vulgarmente conhecido como maconha;
  5. Uma bainha fabricada em PVC envolta por fita isolante de cor preta;
  6. Uma chave com a inscrição SCT;
  7. 34 munições de arma de marca CBC, calibre .38, automático, intactas;
  8. Dois cartuchos de munição de arma de fogo, marca CBC, calibre 12, intactas;
  9. Três munições de arma de fogo, marca CBC, calibre .22, intactas;
  10. Um estojo de munição de arma de fogo calibre .38, deflagrada;
  11. Um estojo de munição de arma de fogo, marca Winchester, calibre .38, aparentemente deflagrado, contendo em seu interior um projétil;
  12. Um estojo de munição de arma de fogo, marca CBC, calibre .32, aparentemente deflagrado, contendo no seu interior um projétil;
  13. Um projétil de arma de fogo deformado, calibre .22;
  14. Um pen drive, marca Multilaser, capacidade de 8 GB, na cor rosa;
  15. Um DVR (aparelho gravador para câmeras de segurança), marca Lux Vision, modelo 8 CH, cor preta, acompanhado do carregador.
Força-tarefa

O cerco ao autor da chacina que aterrorizou moradores da região do Incra 9, em Ceilândia, e de Cocalzinho (GO) dura 15 dias. No período, Lázaro trocou tiros duas vezes com a polícia e também com um caseiro de uma chácara em Areia Branca.

Nesse tempo, participaram da força-tarefa policiais federais de Goiás e do Distrito Federal. Na BR-070, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) seguiu com os bloqueios e as revistas de veículos.

O funcionário da chácara teria atirado mais de oito vezes contra Lázaro, que conseguiu fugir. Não se sabe se ele foi atingido. Um grande efetivo policial foi deslocado para a região, apertando o cerco contra o foragido.

O Metrópoles apurou que Lázaro teria pedido comida, e o caseiro não quis dar. Ele, então, efetuou disparos contra a janela da chácara, e o funcionário revidou. O caseiro não ficou ferido.

Tiros
Janela de chácara onde Lázaro efetuou disparos nesta segunda
Chacina

Lázaro é suspeito de matar Cláudio Vidal de Oliveira, 48 anos, Gustavo Marques Vidal, 21, e Carlos Eduardo Marques Vidal, 15. Ele ainda sequestrou Cleonice Marques de Andrade, 43 anos, esposa de Cláudio e mãe das outras vítimas. O crime ocorreu na madrugada de 8 de junho, no Incra 9, em Ceilândia.

O corpo de Cleonice foi encontrado dias depois, em um matagal. O cadáver estava sem roupa e com um corte nas nádegas, em uma zona de mata perto da BR-070.

Escondido do cerco policial montado na região entre Cocalzinho e Edilândia, em Goiás, Lázaro passou a recorrer a animais da fauna local para saciar a fome. Reportagem dos jornalistas Carlos Carone e Mirelle Pinheiro, do Metrópoles, revelou que as equipes responsáveis pelas incursões nas matas para prender o maníaco encontraram até rãs desossadas, supostamente deixadas pelo criminoso.

 

Veja fotos das operações em Goiás:

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Veja a cronologia do crime:

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Desde que matou a família Vidal, Lázaro escapou do cerco policial e invadiu propriedades, fazendo novas vítimas. Ainda no Incra 9, em Ceilândia, ele entrou em outras duas propriedades. Obrigou os chacareiros a cozinhar para ele e, até, fumar maconha. Sempre agressivo, chegou a roubar e incendiar um carro, próximo a Cocalzinho.

No sábado (12/6), ele invadiu a fazenda da família de um soldado do 8⁰ BPM, próximo à Lagoa Samuel. Ele fez o caseiro refém, quebrou tudo, bebeu e fumou maconha. Também obrigou o funcionário a consumir a droga.

Segundo a corporação, o soldado chegou à propriedade, no início da noite, foi até a cancela e, provavelmente, ao abri-la, o homem fugiu, levando o caseiro como refém.

O criminoso seguiu para a fazenda ao lado, a cerca de 700m, e baleou três homens. Havia no local uma mulher e uma criança. Testemunhas informaram que o suspeito da chacina colocaria fogo na casa e não o fez por causa das vítimas.

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