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Candidatos veem ameaça e pedem impugnação de Tabanez no MDB

O argumento usado é de que os demais deputados e membros da executiva regional não teriam sido consultados sobre o ingresso dele na sigla

atualizado

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Bruno Sodré/CLDF
Carlos Tabanez
1 de 1 Carlos Tabanez - Foto: Bruno Sodré/CLDF

Quatro emedebistas ingressaram, nesta terça-feira (14/3), com um requerimento para impugnar a filiação do deputado distrital Carlos Tabanez ao partido. Ele assinou a ficha, recentemente, com o endosso do presidente regional do MDB, deputado distrital Rafael Prudente. O argumento usado é de que os demais deputados e membros da executiva regional não teriam sido consultados sobre o ingresso do novo parlamentar para disputar as eleições de outubro pela legenda.

Assinaram o documento protocolado na executiva nacional e regional os deputados distritais Iolando, Hermeto, o ex-deputado Wellington Luiz, atual presidente da Companhia de Habitação do Distrito Federal (Codhab), e o ex-deputado federal Tadeu Filippelli, que presidiu o partido.

O movimento é orquestrado e tem um motivo: todos os requerentes devem disputar uma cadeira da Câmara Legislativa nas eleições deste ano. Egresso da Polícia Civil, Tabanez tem um forte trabalho social em cidades carentes e é considerado um nome competitivo na disputa, o que ameaçaria os planos dos demais. Além disso, ele também atrai votos de integrantes da PCDF, corporação que costuma votar unida.

O pedido será analisado pelas executivas partidárias, onde Filippelli tem maioria dos votos.

A impugnação não está definida, mas deixa Tabanez em situação delicada, uma vez que o prazo para filiação em outros partidos termina no fim deste mês. É improvável que o MDB julgue o processo contra ele antes desse prazo. Sendo assim, se não quiser correr o risco de ficar de fora da disputa eleitoral, Tabanez terá de procurar outra legenda para se lançar candidato.

Quem é Carlos Tabanez?

Policial aposentado, Carlos Tabanez assumiu a cadeira na Câmara Legislativa após Guarda Jânio (Pros) renunciar ao mandato para se dedicar à campanha eleitoral. Ele foi o terceiro suplente da coligação do Pros para as eleições de deputado distrital. A titularidade da cadeira é do deputado Fernando Fernandes (Pros), atual administrador de Ceilândia.

Nas eleições de 2018, Tabanez conseguiu 8.078 votos. A primeira suplente é Telma Rufino, mas ela abriu mão de assumir o cargo porque virou administradora de Arniqueira, região administrativa recém-criada.

O que dizem os emedebistas?

Após a publicação da reportagem, o grupo de emedebistas procurou o Metrópoles para esclarecer o motivo do pedido de impugnação.

De acordo com os insatisfeitos, a filiação de Tabanez foi “diferente do que aconteceu com todos os outros que antecederam”.

“Para ser ter ideia, houve parlamentares, inclusive com mandato em exercício, tentando se filiar ao MDB e, por questões internas, não tiveram a candidatura homologada. Foi uma uma uma apresentação de uma ficha de forma unilateral do presidente”.

Ainda segundo o grupo, o pedido de impugnação foi protocolado imediatamente nas executivas partidárias, onde Filippelli tem maioria dos votos.

“O grupo repeliu até em razão também do difícil temperamento do Tabanez, que é um cara de muito difícil convivência, um cara desagregador. Por onde [ele] passa, geralmente não deixa sinais de construção, é um especialista em levantar muros e não construir pontes”, finalizaram.

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