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Baixo estoque e atraso na entrega de luvas acendem alerta na Saúde do DF

De acordo com a pasta, pelo menos cinco processos licitatórios estão em andamento para suprir demanda do equipamento exigido para Covid-19

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1 de 1 Médico-luva - Foto: ISTOCK

O baixo estoque de luvas cirúrgicas e não cirúrgicas acenderam um verdadeiro alerta dentro da Secretaria de Saúde do Distrito Federal. Embora compras do equipamento de proteção tenham sido realizadas, o fornecedor está em atraso e há receio de que o material – um dos essenciais para o contato com pacientes com Covid-19 – tenha o uso contingenciado.

Atualmente, as luvas de tamanho médio e pequeno são as que têm o menor quantitativo dentro dos depósitos da pasta, justamente por serem as mais procuradas. Para tentar estancar uma possível crise de abastecimento, cinco processos licitatórios foram abertos e estão em andamento. Há ainda a expectativa das compras já realizadas serem entregues antes de o estoque alcançar níveis ainda mais preocupantes.

Um processo anterior chegou a ser concluído, mas a fornecedora decidiu cancelar a nota de empenho, justamente por não ter o material para uma pronta entrega. Nesse caso, o processo foi cancelado e a Secretaria de Saúde abriu uma nova compra.

Desde o início da pandemia do novo coronavírus, a Secretaria de Saúde decidiu controlar a logística de distribuição não apenas de equipamentos de proteção, mas também de insumos, com o objetivo de tentar conseguir o uso mais racional dos materiais para todas as unidades da rede pública.

Procurada, a Secretaria de Saúde garantiu que “não tem medido esforços para manter o abastecimento e evitar uma possível falta desses insumos. Porém, o não cumprimento de contrato por parte dos fornecedores tem prejudicado o abastecimento”.

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Casos recorrentes

A centralização ficou sob responsabilidade da Subsecretaria de Logística da pasta, mas as reclamações sobre desabastecimento começaram a aparecer sistematicamente. Houve registro de falta de máscaras, de capotes, de analgésicos e até mesmo de sedativos para pacientes do Sars-Cov-2 que necessitam de auxílio de ventilação mecânica.

O Metrópoles noticiou inúmeros momentos quando servidores temiam a falta de material básico de proteção ou de tratamentos para continuar a guerra contra a pandemia no Distrito Federal. Recentemente, a coluna revelou o desespero de servidores da Gerência de Assistência Cirúrgica do Hospital Regional da Asa Norte (Hran) ao relatarem a falta de materiais básicos de rotina – como luvas e aventais –, mas também a insuficiência no estoque de medicamentos indispensáveis para procedimentos cirúrgicos e intubação orotraqueal.

São drogas anestésicas, vasoativas e cloreto de suxametônio, por exemplo, uma espécie de relaxante muscular que auxilia a equipe médica a tranquilizar os pacientes durante o período em que estão intubados.

“Cumpre-me informar que a unidade de centro cirúrgico está sofrendo com a falta de alguns insumos como: avental cirúrgico descartável estéril, drogas anestésicas, drogas vasoativas e cloreto de suxametônio. Os mesmos são importantes para a realização de procedimento cirúrgicos e intubação orotraqueal, principalmente em momento de pandemia”, registrou o documento da época.

Na oportunidade, a direção administrativa do Hran negou qualquer desabastecimento dos itens citados nos estoques da unidade e disse que tratava-se de “um rígido controle, que está sendo feito justamente para melhor administração do estoque. Desta forma, o Hran pode atender todas as equipes de assistência direta aos pacientes internados”, registrou.

Por meio da assessoria de imprensa, a direção administrativa do Hospital Regional da Asa Norte (Hran) negou qualquer desabastecimento dos itens citados nos estoques da unidade. “O que está ocorrendo é um rígido controle, que está sendo feito justamente para melhor administração do estoque. Desta forma, o Hran pode atender todas as equipes de assistência direta aos pacientes internados”, frisa.

A nota ressalta ainda que “o Centro Cirúrgico do hospital está desativado desde o início da pandemia do novo coronavírus, quando a unidade foi declarada como referência para o enfrentamento à Covid-19”.

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