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Toffoli elege “culpado” pelo início dos questionamentos às urnas

Em conversas reservadas, o ministro do STF avalia que os ataques às urnas eletrônicas no Brasil começaram nas eleições de 2014

atualizado

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Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles
Dias Toffoli
1 de 1 Dias Toffoli - Foto: Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O ministro do STF Dias Toffoli elegeu um culpado pelo início dos questionamentos sobre a confiabilidade das urnas eletrônicas no Brasil, intensificados nos últimos três anos pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).

Em conversas reservadas com aliados, Toffoli tem avaliado que o deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) seria o responsável por abrir a porteira para os questionamentos ao sistema eleitoral brasileiro.

O ministro se refere à atitude de Aécio nas eleições presidenciais de 2014, quando o tucano pediu uma auditoria do pleito ao TSE após ser derrotado por Dilma Rousseff (PT), por uma diferença de 3,4 milhões de votos.

Na ocasião, a coordenação jurídica da campanha de Aécio pediu ao tribunal a criação de uma comissão para verificar o sistema que apura e faz a contagem dos votos. O presidente do TSE na época era justamente Toffoli.

Em outubro de 2015, a auditoria do PSDB concluiu que não houve fraude nas eleições. Tucanos como o senador Tasso Jereissati (CE) já admitiram publicamente que a sigla errou ao questionar o resultado das urnas.

“Erro”

Toffoli avalia que o movimento dos tucanos foi um “erro” e acabou contribuindo para o atual racha no PSDB, que, pela primeira vez desde a redemocratização, não terá um candidato próprio ao Planalto em 2022.

A aliados, o ministro do Supremo admite, inclusive, que já fez essa crítica diretamente para Aécio, o qual, nas eleições deste ano, tentará reeleição para a Câmara dos Deputados.

Procurado pela coluna, Aécio ainda não respondeu. O espaço segue aberto.

 

 

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