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O que está por trás da briga de Renan Calheiros e Arthur Lira sobre PF

Renan Calheiros acusa Arthur Lira de interferência na Polícia Federal em AL para uso político. O presidente da Câmara nega

atualizado

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Hugo Barreto/Igo Estrela/Metrópoles
Planalto Renan Lira
1 de 1 Planalto Renan Lira - Foto: Hugo Barreto/Igo Estrela/Metrópoles

O senador Renan Calheiros (MDB) e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), trocaram acusações nesta terça-feira (11/10).

Ambos os políticos são de Alagoas e cada um tem o seu preferido para o cargo de governador do estado, que tem mais de 3 milhões de habitantes e um orçamento de R$ 12,6 bilhões. No meio da briga política está a Superintendência da Polícia Federal em AL.

Moraes cobra informações da PF sobre operação contra deputado em AL

Renan Calheiros está do lado de Paulo Dantas (MDB), atual governador e líder das pesquisas de intenção de voto. Nesta terça, a 19 dias da votação do 2º turno, a Polícia Federal deflagrou operação que afastou Dantas do cargo no âmbito de uma investigação sobre rachadinha da época em que Dantas era deputado estadual, em 2019.

Renan Calheiros acusou Arthur Lira de ser o autor de uma perseguição política com tentáculos na PF. O senador disse que a superintendente da PF em Alagoas, Juliana de Sá, é “cabo eleitoral” de Lira. A decisão que tirou Dantas do governo saiu da ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Laurita Vaz, que autorizou a operação.

O senador já havia apontado interferência política na PF de Alagoas em um outro caso. Antes do 1º turno das eleições de 2022, a PF abordou o presidente da Assembleia Legislativa de Alagoas, Marcelo Victor (MDB), em um hotel. Ele estava junto de um assessor. A PF afirmou ter achado R$ 145 mil e material de campanha.

Calheiros entrou com uma ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e obteve uma vitória, nesta terça-feira. O presidente TSE, ministro Alexandre de Moraes, cobrou da PF os documentos que basearam a operação. A corporação tem 48 horas para prestar esclarecimentos sobre o caso.

“A perseguição ao governador remonta a 2017, é da competência estadual. Foi parar no STJ por uma armação de Lira e lá perambulou por vários gabinetes até cair nas mãos certas da ministra bolsonarista Laurita Vaz, que não tem competência para o caso”, escreveu Calheiros, no Twitter. 

Já Arthur Lira apoia o senador Rodrigo Cunha (União Brasil) para o governo de Alagoas, o maior beneficiado com possível mancha na imagem do adversário Paulo Dantas. O presidente da Câmara dos Deputados negou qualquer interferência na PF e disse que Calheiros quer “esconder embaixo do tapete as denúncias de corrupção que envolvem o seu grupo político e manter o poder em AL”.

“Não toma jeito. Toda vez que ele ou alguém de seu grupo é apanhado praticando o malfeito, me acusa para tentar encobrir suas safadezas. Foi o STJ que viu fortes indícios de corrupção e determinou o afastamento do governador de Alagoas”, afirmou Lira.

O estado de Alagoas tem 3 milhões de habitantes e um orçamento de R$ 12,6 bilhões.

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