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Juiz nega devolver papagaios para tratamento psicológico: “Sacrifício à liberdade”

O juiz Carlos Maroja disse que há meios mais eficientes e adequados para problemas psicológicos sem sacrificar a liberdade dos animais

atualizado

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PMDF/Divulgação
papagaio
1 de 1 papagaio - Foto: PMDF/Divulgação

O juiz titular da Vara de Meio Ambiente, Desenvolvimento Urbano e Fundiário do Distrito Federal, Carlos Frederico Maroja de Medeiros, negou devolver papagaios apreendidos para uma família que alegou usá-los em tratamento psicológico.

Maroja escreveu, na decisão, publicada nessa quinta-feira (24/11), que não é razoável e prudente supor que animais silvestres possam ser utilizados como meio adequado para tratamento dessa natureza, porque podem um dia morrer e agravar a doença do paciente.

“A medicina e a psicologia oferecem meios mais eficientes e adequados para os esforços de equacionamento dos problemas de saúde mental, sem a necessidade de sacrifício à liberdade de outros seres vivos”, disse o juiz.

A família teve os papagaios apreendidos pelo Instituto Brasília Ambiental. Manter animal silvestre em cativeiro ou depósito é crime, conforme estabelece a Lei nº 9.605/1998.

“A ideia de que um animal silvestre que seja bem alimentado e receba carinho de ser humanos esteja a salvo de crueldade é francamente equivocada, pois toma por premissa a concepção humana, e não do próprio animal. Aves são seres livres por natureza. Têm, por exemplo, o maravilhoso dom de voar, o primeiro a ser tolhido quando são aprisionadas”, afirmou o juiz.

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