O governador do Distrito Federal Ibaneis Rocha (MDB) considera que os atos golpistas cometidos contra as sedes dos Três Poderes, em Brasília, em 8 janeiro de 2023, ocorreram devido a um “apagão geral” das forças de segurança.
O emedebista deu a declaração durante o primeiro discurso oficial após retornar ao cargo, por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), na manhã desta quinta-feira (16/3).
“Recebi mensagens do secretário que estava no cargo, transmitindo mensagem de tranquilidade. A PM [Polícia Militar] estava a postos. O Palácio do Planalto tem um batalhão à disposição. Houve relaxamento de todos. A Força Nacional também não atuou. Tivemos um apagão geral”, afirmou Ibaneis.

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), retomou o mandato oficialmente nesta quinta-feira (16/3)Hugo Barreto/ Metrópoles

Nesta manhã, Ibaneis Rocha fez o primeiro discurso após voltar à funçãoHugo Barreto/ Metrópoles

"Volto com o coração limpo, a cabeça tranquila e a convicção de que temos muito a fazer pelo Distrito Federal", declarouHugo Barreto/ Metrópoles

“Não posso deixar de agradecer a Celina. Ela assumiu o governo em momento de dificuldade, tocou a cidade com todo carinho e toda força. Não é à toa que o nome dela tem ‘Leão'”, disse o governadorHugo Barreto/ Metrópoles

Além disso, o chefe do Palácio do Buriti afirmou: "Estou muito muito feliz. Acho que sou a única pessoa que conseguiu tomar posse três vezes no Palácio do Buriti — em 1º de janeiro de 2019, em 1º de janeiro de 2023 e hoje"Hugo Barreto/ Metrópoles

Ao chegar ao Palácio do Buriti para a coletiva de imprensa, Ibaneis foi ovacionado por apoiadoresHugo Barreto/ Metrópoles

O afastamento de Ibaneis ocorreu no âmbito das investigações sobre suposta omissão ou conivência de autoridades em relação à invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, em 8 de janeiroHugo Barreto/ Metrópoles
Afastamento
O ministro do STF Alexandre de Moraes revogou o afastamento de Ibaneis na quarta-feira (15/3), após 65 dias desde que o emedebista ficou fora do mandato.
A primeira decisão determinava que o emedebista deixasse as funções durante 90 dias. A medida foi confirmada, posteriormente, pelo Plenário da Corte.
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A medida decorreu das investigações sobre suposta omissão e conivência de autoridades em relação à invasão e depredação dos prédios do STF, do Congresso Nacional e do Palácio do Planalto. Ibaneis continua como investigado no processo.
O emedebista comentou que recebeu a notícia com espanto, porque “sempre viveu pela democracia”. “Abandonei o escritório para vir para a vida pública. Mas entendi a reação do ministro. Aquilo era necessário ser feito, pela democracia”, completou.
O governador considerou a invasão das sedes dos Três Poderes um momento “significativo”.
“Tenho respeito por todas as autoridades, por tudo que aconteceu. Recebi o afastamento pelas mãos do ministro Moraes com respeito, paciência, resiliência, sabendo do carinho que a população tem por mim. Mas eu sabia, também, da importância de tudo o que aconteceu. Estou consciente de que precisamos virar a página de nossa cidade, do nosso país e que precisamos viver tempo de paz. É hora de cuidarmos da vida das pessoas”, continuou.

Ibaneis chega ao Palácio do Buriti, onde fez primeiro discurso após voltar à função de governadorHugo Barreto/ Metrópoles

Em discurso, Ibaneis declarou que não se comunicou com qualquer integrante do governo durante os 65 dias de afastamentoHugo Barreto/ Metrópoles

"Volto com o coração limpo, a cabeça tranquila e a convicção de que temos muito a fazer pelo Distrito Federal", afirmou o emedebistaHugo Barreto/ Metrópoles

Ibaneis foi afastado do cargo de governador, por 90 dias, após decisão do ministro do STF Alexandre de MoraesHugo Barreto/ Metrópoles

"Acho que sou a única pessoa que conseguiu tomar posse três vezes no Palácio do Buriti", acrescentou o emedebistaHugo Barreto/ Metrópoles

Ibaneis Rocha (MDB) chega ao Palácio do BuritiHugo Barreto/ Metrópoles
Assista ao discurso: