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Bons motivos para ser um concurseiro saudável

Hábitos saudáveis aumentam a força de vontade, beneficiam o funcionamento do cérebro, ajudam no aprendizado e na memorização

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Woman looking frightened at night
1 de 1 Woman looking frightened at night - Foto: iStock

O baixo conhecimento sobre o funcionamento do próprio corpo faz com que os concurseiros se coloquem em situação de alto desgaste físico, mental e emocional durante o período de preparação. Atitudes como a privação de sono, uso excessivo de bebidas com cafeína e sedentarismo prejudicam o funcionamento cerebral e, por consequência, o aprendizado e a memorização. Pequenos hábitos ruins podem se tornar saudáveis e reverter esse quadro.

As longas horas de estudo demandam uma energia extra do cérebro que, em repouso, é responsável, sozinho, por 20% de todo o consumo de energia do organismo. Para seu bom funcionamento, três elementos são essenciais: água, glicose e oxigênio. Na ausência das quantidades satisfatórias, o resultado é bastante conhecido: fadiga, sonolência, dificuldades na retenção dos conteúdos, falta de concentração, estresse e ansiedade.

Pesquisas científicas, como as que o psicólogo social Roy Baumeister descreve no livro Força de Vontade: a redescoberta do poder humano,  comprovaram que a força de vontade é limitada. Não ceder à tentação de assistir TV depois de chegar do trabalho e passar horas estudando demanda um esforço mental considerável. Afinal, a resistência foi “gasta” ao longo de todo o dia com tomada de decisões e gestão de conflitos cotidianos.

De forma semelhante, tentar aprender sem ter se alimentado, sem ter cedido uma boa porção de glicose e outra de água ao cérebro vai representar um esforço muito grande com poucos resultados positivos.

Ao contrário do que se pensa, a recomendação não é tomar uma garrafa de coca-cola e dar o play na vídeo-aula. Comer um doce ou tomar um refrigerante proporcionam um ganho rápido de açúcar que vai embora com a mesma velocidade. Esse também é o motivo pelo qual levar balas e chocolates para a prova não é recomendado.

Alimentos ricos em carboidratos integrais, de digestão demorada, os ricos em ômega 3, vitaminas do complexo B, ferro e nitratos, bem como a frutose – açúcar encontrado nas frutas – devem fazer parte da rotina de alimentação.

Desidratação
Com tanta água na composição do corpo – 70% – e do cérebro – 85% – é primordial ingeri-la. Por muitas vezes, concurseiros sentem sono e fome quando, na realidade, estão é com sede. Os especialistas recomendam consumir, em média, 50 ml por quilo corporal diariamente. Basta fazer a conta para ter a quantidade mais precisa e evitar a sugestão genérica de dois a três litros de água. Essa quantidade varia conforme o nível de intensidade da prática de atividades físicas.

Alguns fatores promovem a desidratação, como o tradicional consumo excessivo do café. A dose comprovada pela ciência como benéfica para o aprendizado, melhorando a atenção, concentração e memória é de duas xícaras pequenas do café coado caseiro. Até o dobro dessa quantidade, equivalente a 225 ml, é tolerável, desde que não se tenha sensibilidade à cafeína.

Tão companheiras dos concurseiros, as bebidas com cafeína na dose errada podem ser muito prejudiciais ao propósito de aprender. Essa substância interfere na regulação dos níveis de açúcar do organismo e a insulina do corpo é impactada. Sem contar a possibilidade de insônia, aumento no nervosismo, alteração do ritmo cardíaco, mais chances de depressão e ansiedade. Para quem tem o hábito praticamente como vício, a falta pode promover transtornos mentais temporários e crise de abstinência.

Sono e atividade física
A privação de sono é um crime contra o bom funcionamento do cérebro. É durante o repouso que as memórias de longo prazo se instalam. Não dormir as horas necessárias para se restabelecer – a quantidade pode variar de pessoa para pessoa – tem como consequência aumentar a liberação de hormônios como o cortisol (ligado ao estresse) e a grelina (responsável pelo aumento do apetite), sem contar que as chances de ficar irritado e com dor de cabeça são consideráveis.

Para uma boa noite de sono é importante se desligar dos estímulos: celular, computador e televisão com uma hora de antecedência. O ambiente também precisa ser preparado, com o mínimo de ruído e luz possível. A prática de exercícios de respiração e de meditação auxilia na redução da atividade cerebral e das preocupações fora de hora. Afinal, é o momento de descanso.

Para o cérebro, as atividades físicas também são boas aliadas. O aumento da oxigenação do corpo em caminhadas, corridas, pedaladas, natação e outras atividades aeróbicas se completam com os alongamentos na manutenção do bem-estar físico. Também são adequadas para melhoria na qualidade do sono, na concentração e no raciocínio lógico.

Segundo pesquisa realizada no Salt Institute (USA), adultos que praticam caminhada três vezes por semana por 30 minutos aumentam em 15% a capacidade de aprendizado e concentração se comparado com quem é sedentário.

É importante dizer que tanto uma alimentação balanceada quanto a prática de exercícios físicos deve ser acompanhada de uma avaliação e orientação por profissionais de saúde. Um check-up médico pode desvendar quais nutrientes não estão em dose ideais para que o ajuste seja feito.

Além disso, realizar mudanças drásticas pode ser um desafio intransponível. Por isso, Baumeister sugere que se assuma um hábito por vez, para não sobrecarregar a força de vontade e desperdiçar os investimentos. Um passo de cada vez rumo a uma vida mais saudável.

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