Conheça Santiago Serrano, o argentino mais amado do teatro de Brasília
Em dezembro, autor de “Dinossauros”, um dos maiores sucessos do teatro candango, volta à cidade para estreia de “Autópsia de um Beija-flor”
atualizado
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Brasília tem uma grande multiplicidade de estéticas teatrais. Gosto muito desse panorama. Constantemente, aparecem novos criadores. É um teatro vivo e comprometido com o social e político. O festival de Cena Contemporânea, por exemplo, é um impulso aos artistas
Santiago Serrano
A peça nasceu originalmente como um texto muito breve. Tinha só 20 minutos de duração. Foi escrita em 2002 pelo ciclo das Avós de Praça de Maio. Quando Sérgio Sartório me pediu uma dramaturgia, parti desse original. Mudei, no entanto, quase tudo. Foi um desafio apaixonante. Fala do Brasil e do nosso mundo atual, onde estamos presos ao olhar e ao controle dos organismos. A intimidade é quase uma utopia
Santiago Serrano
Quando escrevo para alguém determinado, eu me aproprio dessa pessoa. Eu caminho o espaço da cena com seu corpo. De alguma maneira, é uma capacidade de ser médium. Muitas vezes eu digo que não escrevo. É alguém que escreve por meu intermédio. Eu me entrego a esse impulso criador, não apresento resistência. A escrita é um ato de entrega. Procuro não condicionar nada do meu intelecto. Só deixar que as coisas aconteçam
Santiago Serrano
“Dinossauros” foi escrita para dois atores do meu grupo e escrever para eles não condicionou que a peça fosse encenada só por eles. Amei o trabalho do Grupo Cena e nos tornamos grandes amigos
Santiago Serrano
Peças de Santiago em Brasília:
“Dinossauros” (Grupo Cena)
“Fronteiras” (Grupo Cena)
“Uma Pausa, Por Favor” (direção: Adriana Lodi)
“Noctiluzes” (Cia. Plágio)
“Autópsia de um Beija-flor” (Cia. Plágio)