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Projeto Red Carpet Green Dress lança concurso global de design sustentável

Competição escolherá um vestido e um terno criados com tecidos pré-determinados. Vencedores ganharão viagem para LA, mentoria e estágio

atualizado

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Louis Vuitton/Divulgação
Vestido Louis Vuitton apoiado pela Red Carpet Green Dress usado no Oscar 2020
1 de 1 Vestido Louis Vuitton apoiado pela Red Carpet Green Dress usado no Oscar 2020 - Foto: Louis Vuitton/Divulgação

A campanha Red Carpet Green Dress lançou um concurso global de design que une moda e sustentabilidade. Conhecido por conscientizar pessoas por meio de looks sustentáveis no tapete vermelho do Oscar, o projeto retomou sua tradicional competição anual, agora em parceria com a marca Tencel Luxe. Além disso, o RCGD Global Design Contest 2020 arrecadará fundos para trabalhadores afetados pela pandemia.

Vem comigo saber mais detalhes!

As inscrições para o concurso começaram nessa terça-feira (12/05) e ficarão abertas até o dia 30 de julho. Os interessados podem se inscrever no site da iniciativa. Para participar, é necessário ter pelo menos 21 anos e pagar uma taxa de US$ 30 (cerca de R$ 176). Cada candidato pode enviar quantos esboços quiser. Os looks devem ser “dignos de tapete vermelho” e permitir a confecção com um (ou mais) dos três tecidos criados pelo projeto RCGD com a Tencel Luxe, que pertence à fabricante têxtil Lenzing.

A empresa é líder em fibras de celulose. “Eles devem, então, enviar um esboço de um vestido ou terno digitalmente com esse têxtil em mente e mostrar consideração por minimizar o desperdício no processo de design”, explicou Samata Pattinson, CEO do RCGD ao WWD.

Entre os designs submetidos, o júri escolherá um vestido e um terno, tendo a utilização de ecotêxteis e a redução de resíduos como fatores determinantes. O resultado será divulgado no fim de agosto. As regras não permitem o envio de fotos de looks que já existem, apenas esboços totalmente originais e não publicados.

Os fundos arrecadados com as inscrições serão revertidos para as organizações sem fins lucrativos AWAJ Foundation (Bangladesh) e The Fifth Pillar (Myanmar). Ambas usarão os recursos para ajudar trabalhadores da indústria de vestuário que foram afetados pela crise da Covid-19. Os dois países onde os projetos estão sediados são grandes exportadores de roupas prontas. Apoiadores da iniciativa que não quiserem concorrer ao concurso podem fazer doações pelo site.

Croqui de vestido Louis Vuitton usado por Léa Seydoux no Oscar 2020
O projeto Red Carpet Green Dress, que começou como uma competição global de design sustentável, lançou edição do concurso em parceria com a marca Tencel Luxe, da fabricante têxtil Lenzing

 

Vestido Laura Basci usado por Elena Andreicheva no Oscar 2020
Candidatos de todo o mundo podem se inscrever e enviar croquis de um vestido ou terno digno de tapete vermelho

 

Homem desenhando com fita métrica no pescoço
As inscrições são feitas no site, até o dia 30 de julho; a taxa custa US$ 30. Para participar, é preciso ter 21 anos de idade ou mais

 

Vestido Louis Vuitton usado por Léa Seydoux no Oscar 2020
A campanha RCGD é conhecida por conscientizar pessoas mediante looks sustentáveis no tapete vermelho do Oscar

 

Mulheres em Bangladesh em campanha da AWAY Foundation
Os fundos arrecadados com as inscrições do concurso serão revertidos para duas instituições sem fins lucrativos. Uma delas é a AWAJ Foundation, de Bangladesh

 

Grupo de jovens com livros
A outra é a The Fifth Pillar, de Myanmar. Ambas usarão os recursos para ajudar trabalhadores do segmento de vestuário a enfrentar a pandemia

 

Os três tecidos escolhidos apresentam algumas diferenças na textura e na fluidez: o primeiro é 100% Tencel Luxe e o segundo, uma mistura com seda. Já o terceiro traz um mix com cashmere. Todos são biodegradáveis e compostáveis, podendo se decompor a partir de três meses após o descarte. No caso do terceiro têxtil, pode levar até cinco anos. Vale destacar que os tecidos não estão disponíveis para compra, mas entrarão no mercado ainda em 2020.


Confira os vídeos com detalhes de cada tecido:

 

Após o anúncio do resultado, os vencedores receberão o tecido escolhido para confecção do vestido e do terno. O prêmio não para por aí: eles terão oportunidade de ver suas criações usadas por embaixadores do concurso em um tapete vermelho – que não será o Oscar 2021 – e ganharão uma viagem para participar do RCGD Gala, onde serão apresentados ao público.

Cada um dos dois ganhadores também receberá US$ 1 mil e terá direito a uma mentoria de três meses com Samata Pattinson, além de oportunidade de estágio com a estilista Laura Basci, em Los Angeles. O prêmio também inclui uma bolsa da Tencel Luxe, cobertura de imprensa e a chance de conhecer a fundadora e embaixadora do projeto RCGD, a atriz e ex-modelo Suzy Amis Cameron, que será uma das juradas.

O júri também inclui Nazma Akter, fundadora e diretora executiva da AWAJ Foundation; Harold Weghorst, vice-presidente de gerenciamento global de marcas da Lenzing AG; e Laura Basci, designer suíça criadora da marca homônima, baseada em Los Angeles. A RCGD enfatiza que o Annual Academy Awards não tem vínculo com o concurso.

Atriz e ex-modelo Suzy Amis Cameron
Suzy Amis Cameron fundou a campanha Red Carpet Green Dress em 2009. Ela é embaixadora do projeto e uma das juradas do concurso

 

Detalhes da produção do vestido
Laura Basci, criadora do vestido que Elena Andreicheva usou no Oscar 2020, também será uma jurada

 

Elena Andreicheva com vestido Laura Basci no Oscar 2020
Este foi o vestido da diretora Elena Andreicheva, confeccionado com um dos têxteis disponíveis para o concurso

 

Léa Seydoux com vestido Louis Vuitton no Oscar 2020
Este modelo da atriz Léa Seydoux, feito pela Louis Vuitton, também foi endossado pela RCGD

 

Mão com agulha e vestido
Os dois vencedores do concurso de 2020 terão direito a vários brindes no prêmio, como uma viagem a Los Angeles

 

Suzy é esposa do cineasta e produtor James Cameron, diretor e roteirista dos filmes Titanic, Avatar e O Exterminador do Futuro. Ela criou a iniciativa em 2009, ao sentir falta de opções de vestidos sustentáveis para acompanhar o marido nos tapetes vermelhos das estreias globais de Avatar.

Desde então, o movimento contribui com soluções de design para estilistas independentes, emergentes e freelancers. Todo o projeto é comandado por mulheres.

Na página do concurso, a RCGD deixa também uma reflexão importante sobre a ideia de sustentabilidade. O conceito, que não se resume só à sustentabilidade ambiental, envolve também o lado econômico e social. A visão do projeto engloba todos esses aspectos: economia circular, redução de desperdícios, uso de materiais orgânicos ou certificados, produção com baixo carbono, tratamento humanizado para os funcionários, cadeia de suprimentos clara e reciclagem.

“Como parte de nossos critérios gerais de design, acreditamos que moda sustentável significa produzir peças de vestuário, levando em consideração o impacto ambiental e social que elas terão ao longo de todo o seu ciclo de vida”, complementa o texto.


Colaborou Hebert Madeira

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