Jeep Compass é urbano, mas versão Trailhawk não tem medo do mato
Movido a diesel, o SUV atende muito bem quem usa o carro em estradas, vias urbanas ou até mesmo no capinzal. Preço: R$ 151 mil
atualizado
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O agrônomo da fazenda Cachoeira, Ronivaldo Bento, provoca:
– Aqui tinha uma estrada. Se o senhor quiser aproveitar mesmo para testar o bonitão…
Ele aponta certinho o lugar e lá se foi o Jeep Compass por trechos cheios de capim, ladeiras, mata-burros, riachos, porteiras e cancelas – e cruzando com bichos de todos os tipos e tamanho. Foi um dia inteiro de aventura.
Os perrengues, leves e moderados, não exigiram tudo de todo o sistema de motorização, tração e câmbio – um 4×4 com opção de reduzida e ajustes de condução, incluindo até a longínqua neve.
Mas solidificaram a impressão positiva já conquistada nos 600km que este motorista o conduziu, antes, por estradas federais com boas condições (embora com muitos trechos com pista dupla, mesmo sendo pedageadas).
No geral, a versão Trailhawk, diesel, atende muito bem quem dela necessita em estradas, vias urbanas ou plantações de brachiara: oferece estabilidade, conforto e força, respectivamente, nesses tipos de uso.
Conforto
Internamente, a versão traz um bom pacote de equipamentos. O ar é digital, de duas zonas – bom para evitar discussões entre motorista e passageiro.
O acabamento, aliás, é digno de um carro de R$ 151 mil: os bancos, de couro, têm até costura dupla.
O sistema de entretenimento usado pelos carros da FCA, o Uconnect, são touchscreen e ofertam GPS, câmera de ré etc. O som, por sinal, é Beats, com 506W de potência e 9 alto-falantes e subwoofer.
Estabilidade
Esse item foi colocado como relevante na avaliação em estradas pelo fato de que – jamais esqueçam, por favor – todo SUV tem o umbigo da estabilidade bem alto.
O Compass é SUV e é alto, mas ainda passa segurança em trechos rodoviários: seja nas ultrapassagens (devido ao bom motor de 170cv e ao excelente torque de 35,7mkgf), seja nas curvas (devido aos sistemas de controle de estabilidade e tração).
Ah, o conjunto tem controle anti-capotamento, de tração e de preparação dos freios para uso em emergências.
E mais: ajudam a aumentar a segurança (e o prazer) na condução o piloto automático e o câmbio automático de nove marchas. Sem falar que a suspensão é bem macia.
São relevantes na questão da segurança, por fim, o sistema de monitoramento de ponto cego, sensor que avisa sobre uma excessiva aproximação do carro à frente e os sete airbags (um deles, para os joelhos do motorista).
Força
A versão avaliada pelo Entre-eixos leva um motor quatro cilindros turbo-diesel Multijet, capaz de fazer de 0 a 100 km/h em 10 segundos, segundo dados da FCA. E lembrem-se: ele pesa 1.717kg. A velocidade máxima atingida é de 194 km/h.
E quanto ao consumo? Essa informação é sempre debatida por jornalistas do setor, por uma razão simples: muitos fatores podem influenciar na medição. É o caso das condições climáticas, da qualidade da estrada e, principalmente, da força do pé do condutor.
De qualquer forma, a Jeep diz que o consumo do Compass diesel é 11,8 km/l na cidade e de 9,4 km/l na estrada.
Preço (versão testada)
R$ 151.990
Ficha técnica
• Motor: diesel, 4 cilindros, 2.0; 16V, 170cv a 3.750 rpm e 35,7mkgf a 1.750 rpm
• Câmbio: automático, 9 marchas, 4×4
• Rodas e pneus: liga leve, 215/65 R16
• Dimensões: comprimento, 441,6cm; altura, 164,4cm; largura,182cm; entre-eixos, 263,6cm; peso, 1.717kg; tanque, 60l