DSW: a cadeira mais amada do planeta
Produzido há mais de 50 anos por dois gênios do design, icônico objeto ainda é o queridinho do universo da decoração
atualizado
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Sou fã confessa das cadeiras DSW. Aliás, eu e boa parte do mundo – de leigos a amantes do design. É uma missão impossível abrir uma revista de decoração de qualquer nacionalidade e não se deparar, em alguma página, com a dita cuja.
No meu trabalho, nove em cada 10 clientes querem colocá-la em casa. E mesmo na minha ânsia de não repetir móveis nos projetos residenciais, é impossível argumentar contra. O preço é ótimo e, mesmo tendo sido concebida em 1950, seu design moderno se adapta a qualquer ambiente contemporâneo. O objeto levanta a bola de lares sem bossa, traz um tom de modernismo para a casa das pessoas e se encaixa em propostas mais sofisticadas ou mais descontraídas. As publicações do meio costumam chamá-la de “a cadeira mais amada do planeta”.
Tanto amor tem que estar contextualizado. Então, vou fazer um breve resumo da história de um dos maiores ícones do design mundial.
O responsável pelo desenho da DSW foi o casal americano Charles e Ray Eames, dois dos designers mais influentes e importantes da história da indústria moveleira.
A DSW, na realidade, foi o último modelo de uma série de cadeiras idealizadas pelos Eames. Ganharam fama por terem sido as primeiras em plástico fabricadas em massa.
A ideia era desenhar móveis baratos e adaptáveis às mudanças naturais de um lar e da vida de seus futuros proprietários. Inscritas na Low-Cost Furniture Design Competition (concurso de design de móveis de baixo custo), promovido pelo Museu de Arte Moderna de Nova York, elas rapidamente caíram na graça dos americanos devido à sua versatilidade.As primeiras cadeiras da coleção, lançadas em 1948, foram a LAR (Lounge Armchair Rod), seguida pela DAR (Dining Armchair Rod) e pela RAR (Rocker Armchair Rod) (na mesma ordem, nas fotos abaixo). Os assentos de plástico, reforçados com fibra de vidro, encaixavam em qualquer uma das três primeiras sustentações lançadas: quatro pés de metal cônicos, a famosa base torre Eiffel e um alicerce de balanço, em metal e madeira.
Apenas dois anos depois, quando lançaram a versão da cadeira sem braços, surgiu a base de madeira que resultou na icônica DSW (Dining Height Side Chair Wood Base).
Atualmente, as cadeiras não são apenas produzidas pela Herman Miller, uma vez que a patente já foi perdida. Os produtos podem ser encontrados em sites brasileiros por menos de R$ 260.
Veja algumas ideias para usar as queridinhas do design: