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A vaca cervejeira Corina agora tem um ponto fixo, o Curral da Corina

O local funciona somente aos sábados, das 10h ás 18h, e lá é possível encher seu growler direto das torneiras de chope, a preços 25% a 30% mais barato

atualizado

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Giovanna Bembom/Metrópoles
Corina
1 de 1 Corina - Foto: Giovanna Bembom/Metrópoles

Não é loja, mas vende cerveja em garrafa. A especialidade é chope, mas também não estamos falando de um bar. Não fica no Plano Piloto, mas está a menos de 5 minutos do Noroeste. Não tem frescura, o dono te recebe de chinelo e o astral é uma delícia.

O primeiro beer truck de Brasília inaugurou seu QG (ou seria galpão?) há cerca de um mês, no Setor de Oficinas Norte. No fundo do espaço, o pessoal monta uma mesa grande com chopeiras, liga o freezer e, via de regra, engata oito chopes de cervejarias brasileiras e gringas.

O restante do salão é ocupado por algum food truck convidado, mesinhas pequenas e também coletivas. É o que basta para ser feliz? Sim! Mas a ideia é, em um futuro não muito distante, deixar tudo mais confortável e construir, ali mesmo, uma cervejaria.

A Corina começou a dar os primeiros “muuuuus” há três anos, quando Eduardo Golin e Marcel Castelo Branco compraram uma Kombi ano 94 caindo aos pedaços. Pagaram R$ 7 mil para começar a aventura e levaram um ano para deixar a bichinha nos trinques. Antes da transformação, nós, do Ohmybeer, demos uma voltinha nela no estacionamento da 105 Norte. Para surpresa e gargalhadas, a Kombi enguiçou antes de retornarmos à vaga.

“A gente não sabia por onde começar o negócio. Eu só sabia que queria que fosse uma vaca e que a cerveja saísse das tetas”, conta Dudu. Pois a vaquinha Corina ganhou tinta preta e várias tetas. A primeira pastagem pública foi em uma edição do PicNik, em junho de 2014. Sucesso inesperado!

A dupla trabalhou feito louca no evento de estreia e não demorou para perceber que precisava de mais um sócio. Heitor Heffner entrou para o bonde no mês seguinte. Hoje, entre sócios e funcionários, são oito pessoas que dão conta de 20 eventos por mês, entregas de chope e do abastecimento de 12 pontos de venda.

O caminho da roça estava certo, tudo andava nos conformes, mas só vender cerveja dos outros não era o suficiente. Afinal, a Corina era formada por cervejeiros na essência, que se conheceram fazendo cerveja em casa. Por tudo isso e mais um pouco, eles decidiram criar uma cervejaria cigana. Esse termo é usado porque a produção ocorre em em uma fábrica parceira, no caso deles, em Goiânia.

Dois rótulos já foram lançados: Corina Linda, Leve e Solta (Pale Ale) e a Corina Conic (Imperial IPA). Só em 2016, 15 mil litros foram fabricados. Mas, sabe como é, ainda faltava “um cantinho para chamar de meu”. Sob a perspectiva de uma vaca, qual é o lugar mais desejado para passar dias calmos? O curral, claro!

Giovanna Bembom/Metrópoles
Eduardo Golin e Marcel Castelo Branco

 

O galpão no SOF Norte não tem nada de chique, pelo contrário: é tosco e maneiro. “A Corina nunca foi só vender cerveja. Ela é muito mais do que isso, é um agente transformador. A gente quer que as pessoas saiam um pouco do Plano e tenham uma experiência diferente”.

Giovanna Bembom/MetrópolesO Curral da Corina abre o portão apenas aos sábados, a partir das 10h, e encerra a ordenha às 18h. O mais bacana é que você pode encher o seu growler, pagar mais barato pelo litro do chope e levar para casa cerveja fresquinha. Legenda: growler = garrafa de vidro, cerâmica ou pet usada por quem gosta de levar chope para casa.

Quando a garrafa é  enchida direto nas torneiras de chope, a bebida dura poucas horas. Mas, no Curral, tudo é diferente. É que a Corina comprou um equipamento russo que opera em um sistema de contrapressão. Um jato de gás carbônico ocupa o lugar do oxigênio, preservando a qualidade e carbonatação da cerveja por, pelo menos, três dias (pode chegar a 10). O preço fica em torno de 25% a 30% mais barato. Ah, e ainda tem uma pegada ecológica, já que o growler é  retornável.

Gostou? Separe sua bermuda ou short mais confortável, vista o chinelo encardido e vá até o Curral tomar um chope fresquinho.!

POR QUE IR?
Chope no growler mais barato, astral delícia e comidinha de food truck. Neste sábado (23/7), o food truck convidado é o Téro na Rua.

Curral da Corina
SOF Norte, Quadra 1, Conjunto B, Lote 11. Todos os sábados das 10h às 18h.

*André Vasquez e Marina Cavechia são sócios e curadores do clube de cerveja por assinatura Ohmybeer.com.br.

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