“Você não precisa de ouro para brilhar”. Esse é o lema de uma campanha destinada a sensibilizar artistas indicados ao Oscar 2023 a se tornarem embaixadores da causa dos indígenas Yanomami, que vivem entre o Brasil e a Venezuela e passam por uma grave crise humanitária.
Uma estatueta de barro alternativa ao Oscar, representando Omama, a principal divindade Yanomami, foi enviada a atores como Brendan Fraser, um dos favoritos ao prêmio de melhor ator por “A Baleia”, e Hong Chau, Stephanie Hsu e Michelle Yeoh do candidato a melhor filme “Tudo Em Todo Lugar Ao Mesmo Tempo”.
Yanomami1Campanha YanomamiReprodução
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Nas redes sociais, está em andamento uma campanha estrelada pelo líder indígena Júnior Hekurari Yanomami. A iniciativa marca os perfis de artistas e chama a indústria do cinema a uma reflexão sobre o papel do ouro no mundo dos brancos e o custo da exploração do metal para populações tradicionais que vivem onde há jazidas.
“Na sua cultura, ouro é símbolo de sucesso, mas é importante saber a que custo”, diz ele, em sua língua. “Você tem a oportunidade de se posicionar diante de milhões de pessoas e pedir para o mundo todo o fim do garimpo ilegal do ouro”, completa Júnior Hekurari Yanomami, dirigindo-se aos atores hollywoodianos.
No material da campanha são apresentados os danos causados pelo garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami e é lembrado que, de joias comuns a vários objetos simbólicos para a humanidade, como a própria estatueta do Oscar, a Copa do Mundo Fifa, os Emmys, as medalhas olímpicas, o prêmio Nobel e o anel do Super Bowl, muito do que significa vitórias para nós é feito de ouro.
E que esse ouro pode vir de garimpos que custam a vida e a cultura de milhares de pessoas.
Veja o vídeo da campanha:
Oscar 2023
A cerimônia de premiação dos melhores do ano no cinema segundo a academia norte-americana acontece na noite deste domingo (12/3). No horário de Brasília, os prêmios começam a ser entregues às 21h.
