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Um mês após denunciar abuso, youtuber negro diz ser perseguido por PM

Jovem postou desabafo depois de policial passar perto dele em viatura e dar “tchauzinho”, em Cidade Ocidental, no Entorno do DF

atualizado

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youtuber negro
1 de 1 youtuber negro - Foto: Reprodução

Um mês depois de denunciar que sofreu abuso de autoridade em abordagem de policiais militares na Cidade Ocidental, no Entorno do Distrito Federal (DF), um youtuber e ciclista negro afirmou, neste domingo (27/6), que está sofrendo perseguição policial. Ele publicou um vídeo com desabafo e imagens dos PMs em suas redes sociais.

O caso de Filipe Ferreira Oliveira gerou revolta na internet após ele publicar, em 28 de maio, vídeo que mostra o momento em que foi abordado, enquanto filmava e fazia manobras de bicicleta para seu canal no Youtube. O cabo da Polícia Militar (PM) Gustavo Brandão da Silva foi denunciado pelo Ministério Público (MP) por constranger e ameaçar o jovem.

Neste domingo, o ciclista publicou um novo vídeo enquanto caminhava pela cidade e foi parado, de novo, por um carro da PM. “Estou sendo perseguido aonde eu vou”, escreveu Oliveira. “Polícia me olhando e dando tchau, disparando sirene, sempre me intimidando”, reclamou. O MP pediu arquivamento da ocorrência registrada contra ele no primeiro episódio.

“Tá vendo? Outra vez, mais uma vez”, afirmou o youtuber, no novo vídeo, enquanto atravessa a rua. Atrás dele, um carro da PM aparece parado, e um dos policiais, identificado como soldado Yuri, desce dando ordem. “Pode parar, pode parar”, ordenou o policial.

O vídeo não mostra o que ocorreu logo em seguida. Em outro trecho, o jovem volta a aparecer mostrando a placa do veículo. “Essa aqui é a placa da viatura deles”, disse Oliveira. Imediatamente depois, o policial questionou: “A viatura passou, deu um tchauzinho, mas qual a ameaça que foi feita?”, perguntou Yuri.

“A viatura passou e deu tchauzinho, não deu? Beleza. Isso que eu queria confirmar”, disse o jovem, enquanto o soldado seguia questionando sobre qual era a ameaça.

O Metrópoles solicitou resposta à Polícia Militar, mas a corporação não se manifestou até o momento em que foi publicada esta reportagem. O portal também não conseguiu ouvir o youtuber.

A abordagem policial contra Oliveira, no final do mês passado, gerou revolta e provocou diversas críticas contra a atuação dos PMs na internet. A Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPEGO) e a Ordem dos Advogados do Brasil no Distrito Federal (OABDF) repudiaram a ação dos policiais.

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