Toyota Hilux SRX: veja como é a queridinha dos picapeiros no dia a dia
Motor diesel 2.8 gera 204v, com torque de 50,9kgfm. Mas o destaque é o conjunto de sistemas de segurança, como os de auxílio à condução
atualizado
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As três melhores opções da linha de picapes Toyota Hilux são a GR-S (com jeito e cara de esportiva), a recém-lançada SRX Limited e a SRX ‘normal’, digamos assim. A coluna Entre-eixos testou por uma semana a mais vendida do trio, a SRX – que perdeu o posto de topo-de-linha, embora continue bem completa.
A versão, obviamente, é cara (R$ 325,6 mil) para os padrões brasileiros, mas não foge ao que a concorrência pratica. Mesmo assim, é a queridinha dos picapeiros urbanos ou rurais, trabalhadores ou playboys do agro, desde 2015. Somando todas as versões, a Hilux tem sido a mais vendida do segmento das picapes médias brasileiras.
E para manter o posto, no finalzinho do ano passado ganhou algumas alterações no visual. Agora tem partes do acabamento em cromado – incluindo a grande grade frontal de boca larga. E partes em preto, cor também adotada no interior. Com isso, subjetivismo à parte, a versão com a cor vinho se tornou a mais vistosa sem ser brega – embora esse fator de compra (a beleza) talvez devesse ser o menos usado.
Mas três detalhes dessas mudanças são, obviamente, mais relevantes. Que valem destacados logo de cara:
- A força – A recalibragem do motor a diesel, que agora entrega mais potência e torque: o 2.8 gera 204 cavalos – um aumento de 15% em relação à versão anterior. Perde apenas para os 224cv da irmã GR-S. O torque é de 50,9kgfm, logo aos 2.800rpm – e transmissão automática sequencial de seis velocidades.
- A segurança – Os sistemas de auxílio à condução vêm se popularizando. E, embora a Toyota tenha demorado, trouxe para esta versão um conjunto mais completo do adotado em outros modelos. São vários itens, como frenagem autônoma de emergência com detecção de pedestres e ciclistas. Os demais são conhecidos: controle de estabilidade e tração, assistentes de reboque, subida e descida, de pré-colisão com alerta sonora, de alerta de mudança de faixa e sensores de estacionamento dianteiro e traseiro.
- A condução – O motor renovado não deixou a popular picape apenas mais potente. Deixou-a mais segura. Isso em função da maior capacidade de reação nas saídas, retomadas e ultrapassagens. E com bons números de consumo: pelos dados do Inmetro, o modelo faz 10,1km/l no percurso urbano e 11,3km/l no rodoviário (diesel).
Versões e preços
GR-S
R$ 354.790
SRX Limited
R$ 337.990
SRX A/T (a testada)
R$ 325.490
A interessante novidade tecnológica da versão testada é a câmera 360º, espelhada na central multimídia. Não é algo novo, mas ainda causa curiosidade. É como se um drone estivesse filmando a picape do alto, mas na verdade é a junção de câmeras laterais, frontal e traseiras. Isso ajuda bastante nas manobras.
Na cabine, o conservadorismo das marcas japonesas aparece em vários detalhes. Talvez também por isso os materiais usados no acabamento sejam de boa qualidade.
Os bancos, por exemplo, são bem confortáveis. Aliás, o do motorista tem ventilação e ajustes elétricos. O ar-condicionado é automático e digital com dutos de ventilação para os passageiros da traseira.
Vale destacar o pacote de entretenimento: o sistema de áudio é da famosa JBL, com seis alto-falantes. A central multimídia de 8’’ tem conexão Android Auto e Apple CarPlay com fio, TV Digital e GPS.
O ambiente é espaçoso para quatro adultos. A posição de dirigir, bem alta por sinal, faz o motorista ter a sensação de que dirige uma picape maior. Por falar nisso, o sistema de direção é hidráulico: com isso, ela fica pesada nas manobras.
Os engenheiros da marca dizem que adotaram uma nova válvula no sistema para regular melhor o fluido. Mas parece ser imperceptível para quem não é fã da marca e do modelo.
Bem, talvez seja mesmo o pouco costume deste condutor, mas creio que já esteja na hora dos fabricantes evoluírem neste quesito.
Já quanto às características fora-de-estrada do modelo da Toyota, vale lembrar: um passeio pela região de Pirenópolis, visitando e cruzando rios e riachos na sempre inalterável vila de Lagolândia foi suficiente para constatar a força e agilidade do modelo. Ainda que nem tenha havido a necessidade do uso da reduzida.