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Vacina russa para Covid-19 será testada no Brasil? Veja o que se sabe

Vacina foi anunciada nessa terça-feira pelo presidente da Rússia. Realização de um teste de medicamentos no Brasil depende de aval da Anvisa

atualizado

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Youngvet/Getty Images
ampolas de vacina
1 de 1 ampolas de vacina - Foto: Youngvet/Getty Images

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou nessa terça-feira (11/8) que registrou a primeira imunização contra a Covid-19 do mundo. A vacina foi batizada de Sputinik-V, emulando uma conquista da época da Guerra Fria, quando a então União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) passou à frente dos Estados Unidos lançando o primeiro satélite espacial.

Durante o anúncio oficial do registro da vacina, o alto escalão do governo russo afirmou que o Brasil participará da próxima fase dos testes da imunização. O governo do estado do Paraná já vinha divulgando que testaria a vacina russa por meio de uma parceira firmada com o Instituto Tecnológico do Paraná (Tecpar) e anunciou para esta quarta (12/8) uma reunião entre o embaixador da Rússia no Brasil, Sergey Akopov, e o governador do estado, Carlos Massa Ratinho Junior (PSD), quando detalhes do acordo serão divulgados.

A vacina russa também já foi apresentada ao Executivo federal. De acordo com a coluna Radar, da revista Veja, os russos já estiveram no Ministério da Saúde para explicar o projeto. A aplicação de duas doses, necessárias para garantir a imunização, sairia por US$ 20 (cerca de R$ 107, na cotação atual) por pessoa e o país pagaria em torno de R$ 50 milhões pela tecnologia. No entanto, ainda não há acordo fechado.

A realização de um teste de medicamentos no país depende de uma autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Em nota oficial divulgada no fim da tarde de terça, a agência afirmou que nenhum novo protocolo de vacinas contra a Covid-19 está sob análise. Ou seja, o laboratório russo ainda não formalizou o pedido para a realização dos testes da vacina.

Atualmente, estão autorizados três testes de vacinas no Brasil: o da vacina de Oxford; o da Coronavac – que inclui voluntários do DF –; e o de duas fórmulas desenvolvidas pelas empresas BioNTech e Pfizer.

Apesar do entusiasmo do governo russo, a comunidade científica internacional recebeu a vacina russa com desconfiança, pois os resultados sobre a segurança e a eficácia do medicamento ainda não foram publicados. Para que a vacina seja testada no Brasil, a viabilidade da imunização precisa ser documentada à Anvisa.

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