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Queiroga: “Vacinação não resolve a curto prazo recorde de óbitos”

Substituto de Eduardo Pazuello na Saúde defende medidas de isolamento e investimento em UTIs para reduzir o número de mortes pela Covid-19

atualizado

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Gustavo Moreno/Especial Metrópoles
Marcelo Queiroga
1 de 1 Marcelo Queiroga - Foto: Gustavo Moreno/Especial Metrópoles

Com o Brasil patinando na vacinação contra a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, o futuro ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que a imunização “não vai resolver a curto prazo” os sucessivos recordes de óbitos causados pela enfermidade.

Nesta quinta-feira (18/3), o substituto do general Eduardo Pazuello se reuniu com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), no Palácio do Planalto.

O Brasil tem mais de 11,6 milhões de casos confirmados e 284 mil pessoas morreram vítimas do novo coronavírus. O Ministério da Saúde vacinou 12,7 milhões até o momento.

“A vacina, como sabemos, não vai resolver a curto prazo esses óbitos. O que resolve? Política de distanciamento social inteligente e melhorar a qualidade de assistência nas unidades de terapia intensiva”, destacou ao chegar para o encontro.

Para o futuro ministro, os recordes de mortes são reflexo da crise no sistema de saúde. “A gente tem que criar as condições de melhorar a assistência hospitalar, sobretudo nas UTIs”, ponderou.

“Mais diálogo”

Segundo Queiroga, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pediu que ele melhorasse o diálogo com os secretários estaduais e municipais de Saúde.

“O presidente já me determinou que tomasse medidas, sobretudo no diálogo amplo com secretários de Saúde e com a sociedade civil de uma maneira global”, detalhou.

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Segundo o futuro ministro, Bolsonaro deu liberdade para ele montar a equipe e comandar as ações de controle da pandemia.

“O presidente me deu autonomia para montar minha [equipe e estratégia] e eu peço a vocês um pouco de paciência para que, num curto prazo, nós consigamos trazer medidas adicionais às que têm sido colocadas em prática pra que esse cenário melhore”, salientou.

A troca

Pazuello deixa o cargo durante forte alta de casos e mortes pela Covid-19. Além disso, o país patina na criação de leitos de unidades de terapia intensiva (UTIs) para o tratamento da doença.

Ao chegar ao ministério, Queiroga afirmou que a política de saúde é do governo, não do ministro. Ele assume a vaga após pressões de diversos setores.

Queiroga será o quarto ministro da Saúde a assumir o enfrentamento da pandemia. Antes, Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich deixaram a pasta após divergências com o presidente Bolsonaro.

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