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Presidente da Fecomércio, Orlando Diniz é preso no Rio pela Lava Jato

Ele é alvo de investigação em um esquema de lavagem de dinheiro, montado pela organização criminosa chefiada pelo ex-governador Sérgio Cabra

atualizado

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WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO
orlando diniz, fecomércio, rio de janeiro
1 de 1 orlando diniz, fecomércio, rio de janeiro - Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO

O presidente da Federação do Comércio do Rio de Janeiro (Fecomércio), Orlando Diniz, foi preso nesta sexta-feira (23/2) pela Polícia Federal. A ação é desdobramento da Operação Calicute, uma das fases da Lava Jato. São investigados desvios, lavagem de dinheiro e pagamento de cerca de R$ 180 milhões em honorários advocatícios.

Diniz havia sido afastado da presidência do Sesc-RJ, em dezembro, pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), por suspeita de irregularidades.

Diniz entrou na mira do Ministério Público Federal (MPF) suspeito de integrar a organização criminosa chefiada pelo ex-governador Sérgio Cabral (MDB). De acordo com investigações, servidores fantasmas ligados a pessoas e familiares do grupo eram mantidos dentro do Sistema S.

Além disso, apontam as investigações, a Fecomércio teria contratado o escritório de advocacia da ex-primeira dama Adriana Anselmo. Suspeita-se que, em troca, Cabral adotava medidas para ajudar a entidade. O escritório teria recebido cerca R$ 20 milhões.

Ainda de acordo com o MPF, o presidente da Fecomércio-RJ teria utilizado o esquema de lavagem de dinheiro de Ary Filho, operador financeiro de Cabral, por falsos serviços prestados pela sua empresa Thunder com concessionárias de veículos e empresas de ônibus, movimentando cerca de R$ 3 milhões.

Outros mandados
Outros três mandados de prisão foram emitidos. Os envolvidos são acusados dos crimes de lavagem de dinheiro, corrupção e pertencimento à organização criminosa. Equipes da PF também fizeram busca e apreensão na Fecomércio e no Sesc-RJ.

Além de Diniz, foram alvo de mandados de prisão temporária Plínio José Freitas Travassos Martins, Marcelo José Salles de Almeida e Marcelo Fernando Novaes Moreira. Até as 9h20, havia a confirmação da prisão apenas de Plínio José, funcionário do Sesc-RJ.

Lava Jato
Um repasse de R$ 13 milhões da Fecomércio do Rio ao escritório de Adriana Ancelmo havia sido alvo da Lava Jato. Em novembro de 2016, quando o ex-governador Sérgio Cabral foi preso, o Ministério Público Federal havia apontado um ‘crescimento vertiginoso’ da banca.

Durante o governo Cabral, o escritório de Adriana Ancelmo recebeu R$ 35,8 milhões de 10 empresas. A Fecomércio do Rio foi uma delas.

Na época, a força-tarefa da Lava Jato chamou a atenção para ‘o assombroso volume de recursos que a Fecomércio – Federação das Indústrias do Comércio do Rio – passou a desembolsar para o escritório de Adriana Ancelmo principalmente em 2015 e 2016’.

“Os valores pagos exclusivamente pela Fecomércio são superiores à soma de todos os clientes do escritório nos anos anteriores, sabendo que existe pedido de investigação do Ministério Público de Contas junto ao Tribunal de Contas da União, envolvendo a Fecomércio e a contratação de escritórios de advocacia”, destacou a força-tarefa na ocasião. (Com informações da Agência Estado)

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