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PGR recorre ao plenário do STF e volta a pedir prisão de Aécio Neves

Além do senador, o procurador-geral da República quer a detenção do deputado Rocha Loures (PMDB-PR)

atualizado

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Daniel Ferreira/Metrópoles
Eleição dos membros da Comissão Especial que analisará processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.  Brasília – DF 25/04/2016
1 de 1 Eleição dos membros da Comissão Especial que analisará processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Brasília – DF 25/04/2016 - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, voltou a pedir a prisão do senador Aécio Neves (PSDB-MG) e do deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), que estão afastados do cargo desde que as delações de executivos da JBS vieram à tona.

Nesta segunda-feira (22/5), Janot recorreu da decisão do ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato, no Supremo Tribunal Federal (STF). Na semana passada, Fachin negou a prisão preventiva de Aécio e Rocha Loures.

Agora, o pedido de Janot deve ser analisado pelo plenário do STF.

Propina
Na última quinta-feira (18/5), a Polícia Federal e o Ministério Público Federal deflagraram a Operação Patmos, no âmbito da Lava Jato, em Brasília, Belo Horizonte e no Rio de Janeiro. O alvo foi o senador Aécio Neves; a irmã dele, Andrea Neves; e Altair Alves, considerado braço direito do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB). A irmã do senador, a jornalista Andrea Neves, é uma das principais assessoras dele e foi presa.

Além de Andrea, foram detidos Frederico Pacheco de Medeiros, o Fred, primo de Aécio; e Mendherson Souza Lima, assessor do senador Zezé Perrella (PMDB-MG). Também foram alvo de mandados de prisão Roberta Funaro, irmã de Lúcio Funaro, operador de Cunha; o procurador da República Angelo Goulart e o advogado Willer Tomaz. Outro alvo é Altair Alves, considerado braço direito de Cunha.

A ação, que tinha autorização do STF, determinou o afastamento do tucano do mandato de senador e o de Rocha Loures do de deputado federal. Loures foi filmado recebendo propina, supostamente a mando de Aécio.

Encontro em hotel
Na sexta-feira (19/5), o Supremo divulgou áudios e vídeos referentes aos acordos de colaboração dos executivos da JBS. Em um desses áudios, Aécio pede R$ 2 milhões em propina ao presidente da empresa, Joesley Batista. Os dois teriam se encontrado no dia 24 de março no Hotel Unique, em São Paulo.

No começo da conversa, o senador tucano discute com o dono da JBS sobre os rumos da Operação Carne Fraca. Aécio diz a Joesley que estaria pressionando Temer para forçar um pedido de desculpas da Polícia Federal.

“Eu tava falando com o Trabuco hoje de manhã, fomos apertar o Michel. A Polícia Federal tinha que fazer um meia culpa pública e pedir desculpas (…). Foi uma cagada generalizada, mas eu estou querendo apertar de novo o Michel nessa história. (…) Uma meia culpa do Brasil que Michel não teve culhão de cobrar do cara para fazer”, afirma o senador.

O ex-presidente do PSDB ainda demonstra que estaria articulando pela aprovação de projetos em tramitação como a anistia ao caixa 2 e o pacote anticorrupção.

“O ministro afirmando que está com confiança total, nós estamos. Porque negócio grande não dá para assinar na surdina. Tem que ser o seguinte: todo mundo assina. O PSDB vai assinar, o PT vai assinar, o PMDB vai assinar, estamos montando. A ideia é votar, porque o Rodrigo devolveu aquela tal das 10 medidas, a gente vai votar na merda daquelas 10 medidas. O que eu estou sentindo, estou trabalhando nisso igual um louco”, diz.

Ouça o áudio

 

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