metropoles.com

Moro vê “avanços e problemas” em pacote anticrime sancionado

Ministro da Justiça reforçou que se posicionou pelo veto ao juiz de garantias, o que não foi acatado por Bolsonaro

atualizado

Compartilhar notícia

Hugo Barreto/ Metrópoles
Sergio Moro
1 de 1 Sergio Moro - Foto: Hugo Barreto/ Metrópoles

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, comentou nesta quarta-feira (25/12/2019) a decisão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de sancionar o pacote anticrime com 25 vetos. O texto endurece o Código de Processo Penal (CPP) e outras leis de segurança pública.

Em nota, o ministro disse que o texto final sancionado por Bolsonaro “contém avanços para a legislação anticrime no país”.

De acordo com o Palácio do Planalto, Bolsonaro vetou trechos do projeto “por razões de interesse público e de inconstitucionalidade”.

Na contramão do que queria o ministro, o presidente manteve a criação da figura do “juiz de garantias”, que será “responsável pelo controle da legalidade da investigação criminal e pela salvaguarda dos direitos individuais”.
Nesse tópico, Bolsonaro vetou apenas um dos pontos, que obrigava o juiz a conduzir audiências por videoconferências, nas quais a Justiça avalia a necessidade de manter, por 24 horas, na cadeia, uma pessoa presa em flagrante.

Sobre isso, Moro disse que o ministério se posicionou pelo veto ao juiz de garantias “porque não foi esclarecido como o instituto vai funcionar nas comarcas com apenas um juiz (40% do total); e também se valeria para processos pendentes e para os tribunais superiores, além de outros problemas”.

Veja abaixo outros pontos vetados pelo presidente Jair Bolsonaro:

  • Homicídios com arma de uso restrito
    O presidente vetou o trecho que determinava o aumento da pena do crime de homicídio quando o criminoso usa, na ação, arma de fogo de uso restrito ou proibido. Atualmente, a pena é de 6 a 20 anos. Pela proposta, subiria para 12 a 30 anos.
  • Crimes contra a honra
    Foi vetado o trecho que triplicava as penas por calúnia, difamação, injúria, os chamados crimes contra a honra, cometidos na internet.
  • Identificação de perfil genético de criminoso
    Um dos trechos vetados alterava a Lei de Execução Penal, tornando obrigatória a coleta de DNA de condenados por “crime contra a vida, a liberdade sexual ou por crime sexual contra vulnerável”.
    A lei original determina que “os condenados por crime praticado, dolosamente e com violência de natureza grave contra pessoa serão submetidos, obrigatoriamente, à identificação do perfil genético, mediante extração de DNA”.
  • Defesa garantida a agentes das forças de segurança
    O presidente ainda vetou três trechos da medida que determina que o Estado deverá disponibilizar defensores para agentes das forças de segurança investigados por fatos relacionados à atuação em serviço.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?