Lira: “Há chance de fortalecer a democracia com o voto consciente”
O presidente da Câmara participa de sessão solene realizada pelo Congresso Nacional em alusão ao Bicentenário da Independência
atualizado
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Em comemoração ao Bicentenário da Independência, nesta quinta-feira (8/9), o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que “há chance de os brasileiros fortalecerem a democracia por meio do voto consciente”.
Em seu discurso, o presidente da Câmara destacou também a participação do Poder Legislativo no processo que culminou na independência do Brasil.
“O Bicentenário da Independência brasileira coincide com o ano de eleições presidenciais e de eleições legislativas federais, distrital e estaduais. Destaco, portanto, a chance de os cidadãos brasileiros, por meio do seu voto consciente, fortalecerem nossa democracia e este Parlamento, de modo que ele continue a exercer a importante tarefa de acolher diferentes aspirações e transformá-las em balizas coletivas”, disse.
Lira também afirmou que, mesmo independentes, Brasil e Portugal continuam “unidos por afeto”.
“Ofereço a Portugal o abraço fraterno e o profundo respeito desta Casa Legislativa. Embora independentes na política e na economia, permanecemos unidos por grande afeto, pela admiração mútua, pelas boas relações diplomáticas e comerciais, por nossa cultura comum, pelo sentimento lusófono, por nossa história compartilhada”, pontuou.
Sessão solene
O evento conta com a participação de autoridades dos Três Poderes, entre elas o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, e os ex-presidentes da República Michel Temer (MDB) e José Sarney.
Convidado, o presidente Jair Bolsonaro (PL) comunicou que não compareceria à sessão solene nesta manhã. Além do atual chefe do Executivo nacional, os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Dilma Rousseff (PT) também não foram ao evento.
O plenário ainda recebe comitivas de Cabo Verde, Guiné Bissau e Moçambique – todos os países são ex-colônias portuguesas e só tiveram a independência reconhecida um século e meio depois, na década de 1970.
Confira a programação:
- 8h – chegada dos militares que participarão da formação externa da cerimônia;
- 8h45 – chegada dos presidentes do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL);
- 8h55 – chegada dos chefes de Estado estrangeiros e os ex-presidentes do Brasil;
- 9h – Café-da-manhã de boas-vindas e abertura da exposição 200 Anos de Cidadania: O Povo e o Parlamento;
- 10h – Sessão solene no plenário da Câmara, em homenagem ao Bicentenário da Independência
- 12h – Encerramento da sessão solene.
Atos de Sete de Setembro
A cerimonia do Legislativo será realizada um dia após os atos políticos pró-governo, que pautaram o feriado de 7 de Setembro. Na ocasião, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) lotaram as Esplanada dos Ministérios e trechos de Copacabana (RJ) para acompanhar os desfiles militares e os discursos do mandatário do país.
Em Brasília, pela manhã, Bolsonaro afirmou que a “vontade do povo” se fará presente no primeiro turno das eleições, marcado para o próximo dia 2 de outubro. Após participar de desfile cívico-militar em comemoração ao Bicentenário da Independência, o chefe do Executivo federal marcou presença em ato político em frente ao Congresso Nacional.
No seu discurso, que durou aproximadamente 15 minutos, o presidente voltou a falar de suposta “luta do bem contra o mal”. Aconselhado pela campanha, o mandatário da República não teceu críticas às urnas eletrônicas nem ao STF, embora tenha citado a Corte.
“Muito feliz em ter ajudado chegar até vocês a verdade. Também ter mostrado para vocês que o conhecimento liberta. Hoje todos sabem quem é o Poder Executivo; todos sabem o que é a Câmara dos Deputados; todos sabem o que é o Senado Federal. E também todos sabem o que é o Supremo Tribunal Federal”, assinalou.
Já em solo carioca, o chefe do Executivo federal subium o tom e mirou o ex-presidente Lula (PT), com quem rivaliza a disputa pelo Palácio do Planalto nas eleições deste ano. Sem citar o petista nominalmente, o presidente o chamou de “quadrilheiro” e afirmou que “esse tipo de gente tem que ser extirpado da vida pública”.
“Não é apenas voltar à cena do crime. Esse tipo de gente tem que ser chutado da vida pública”, disse, referindo-se à declaração feita durante a manhã, em Brasília, sobre opositores.