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Eleição para presidente da Câmara deve ocorrer nesta quarta-feira

Líderes partidários e o presidente em exercício da Casa, Waldir Maranhão (PP-MA), decidiram a data depois de passarem a tarde reunidos neste domingo (10/7)

atualizado

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Wilson Dias/Agência Brasil
Waldir Maranhão
1 de 1 Waldir Maranhão - Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

Com aval do Planalto, deputados fecharam neste domingo (10/7) acordo para antecipar a eleição à sucessão na Câmara para as 19h desta quarta-feira (13). O acordo ainda precisa ser referendado hoje, em reunião da Mesa Diretora da Casa. Em encontro com integrantes do Centrão, na casa do líder do PSD na Câmara, Rogério Rosso (PSD-DF), um dos favoritos na disputa, deputados decidiram pressionar o presidente interino da Casa, Waldir Maranhão (PP-PE), a rever sua decisão de convocar a eleição para a quinta-feira. Segundo parlamentares presentes nesta reunião, Maranhão concordou com a mudança da data.

A negociação passou também pelo deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), que integra a antiga oposição e deve ir para a disputa contra Rosso. Maia tem apoio de Maranhão e negocia aliança com o PT. Maia diz que foi procurado pelo líder do governo, André Moura (PSC-SE). “Eu não defendi nem terça, nem quinta, e sim um meio termo”, afirmou Moura.

Na prática, Maia se tornou o principal interlocutor do presidente interino da Câmara nas negociações. Ao longo do dia, o deputado chegou a atender o telefone de Maranhão diversas vezes.

O ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, também conversou com Maia em busca de um acordo. “Eu falei com o Rodrigo e com o André Moura e fiz uma ponderação: não é bom que a eleição seja na quinta, às vésperas do recesso parlamentar”, disse Geddel à reportagem.

Sem conseguir unificar a base aliada em torno de um único candidato, o Planalto operou para antecipar a eleição por avaliar que, quanto mais tempo passar, o racha será maior. Na semana passada, Maranhão disse ao presidente em exercício Michel Temer que gostaria de permanecer no cargo.

Impasse
O impasse sobre a sucessão na Câmara começou após a renúncia de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), há quatro dias, quando Maranhão decidiu convocar a eleição para quinta-feira. Líderes do Centrão propuseram, então, que a disputa ocorresse dois dias antes, na terça.

A proposta foi interpretada como uma manobra, já que neste dia está prevista a reunião da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para decidir se acata recurso de Cunha contestando o parecer que recomenda sua cassação. Diante do imbróglio, surgiu a ideia da eleição na quarta-feira.

Criticado por negociar apoio do PT, Maia jantou com o presidente do PSDB, Aécio Neves (MG), no fim de semana, no Rio. O PSDB é um dos partidos que podem apoiá-lo.

O deputado do DEM disse ao Estado que Temer avalizou sua iniciativa de conversar com diversas siglas e negou o mal-estar entre partidos da base. O Centrão, por sua vez, aponta a influência de Moreira Franco na operação para alavancar a candidatura de Maia. Contrariado com esses rumores, Moreira postou no Twitter que o governo não deve atuar na sucessão de Cunha.

 

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