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“É simples assim: um manda e o outro obedece”, diz Pazuello a Bolsonaro

Foi a primeira manifestação do ministro da Saúde após ser desautorizado pelo presidente da República sobre compra da Coronavac

atualizado

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Igo Estrela/Metrópoles
Cerimônia de posse do ministro da saúde, general Eduardo Pazuello, no Palácio do Planalto. Ocupando interinamente o cargo desde 16 de maio, Pazuello será o 48º ministro da Saúde do Brasil
1 de 1 Cerimônia de posse do ministro da saúde, general Eduardo Pazuello, no Palácio do Planalto. Ocupando interinamente o cargo desde 16 de maio, Pazuello será o 48º ministro da Saúde do Brasil - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) demonstrou, nesta quinta-feira (22/10), apoio ao titular da Saúde, Eduardo Pazuello, que está se recuperando em casa da infecção pelo coronavírus. Na transmissão, os dois procuraram desfazer a ideia de que Pazuello estaria sendo fritado pelo chefe do Executivo, após o ministro divulgar a intenção de comprar 46 milhões de doses da vacina produzida pelo Instituto Butantan, com tecnologia chinesa.

“Senhores, é simples assim: um manda e o outro obedece. Mas a gente tem carinho, dá para desenrolar”, disse o ministro, referindo-se ao recuo da pasta em relação à compra do imunizante.

Na transmissão, Pazuello foi chamado por Bolsonaro de “Pazu”. Dos 12 ministros que contraíram o coronavírus até o momento, somente o titular da Saúde contou com a visita do presidente. O ministro, recém-diagnosticado com a Covid-19, e Bolsonaro, que já teve a doença e se curou, aparecem sem máscara.

Desagravo

A visita ocorre um dia depois de o presidente ter desautorizado o ministro em relação à compra de 46 milhões de doses de vacina que seriam produzidas pelo Butantan. O mandatário do país se irritou com o anúncio de intenção de aquisição feito pelo ministro a 24 governadores em uma reunião na última terça-feira (22/10).

Na transmissão, Bolsonaro fez questão de enfatizar que Pazuello segue no cargo, apesar do anúncio que permitiu a adversários políticos do presidente, em especial o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), comemorar a decisão.

“Semana que vem, talvez, [ou] com toda certeza, tu volta pro batente, né?”, questionou o presidente.

O ministro replicou: “Pois é, tão dizendo que não, né?”.

No diálogo, Bolsonaro reafirmou não haver atrito entre eles: “Falaram até que a gente estava brigado. No meio militar, é comum acontecer isso aqui, não teve problema nenhum”.

Cloroquina

Questionado por Bolsonaro sobre seus sintomas, Pazuello relatou ter sentido “um pouquinho de febre”, muito cansaço e dor de cabeça. “Estava indo para aquele evento do Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia), ali estava bem cansado. Segunda à noite, foi difícil, com dor de cabeça, enxaqueca e um pouquinho de febre. Na terça, durante o dia, dei uma piorada. Na terça mesmo comecei a tomar hidroxicloroquina”, disse o ministro.

Bolsonaro ainda atribuiu o fato de o titular da Saúde ter melhorado ao uso de remédios que, segundo ele, têm eficácia, apesar de não haver comprovação científica.

“Mais um caso aqui concreto [de] que hidroxicloroquina, azitromicina e Annita deu (sic) certo. Mais um que deu certo”, disse o presidente.

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