Da cadeia, Cunha ataca Funaro e diz que delação está desmoralizada
“Repudio com veemência o conteúdo e se trata de mais uma delação sem provas que visa a corroborar outras delações também sem provas”, disse
atualizado
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O ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB/RJ), divulgou nota nesta terça-feira (25/9) atacando à delação de Lúcio Funaro. Em tom ácido, ele desafiou o doleiro “a provar suas acusações” e afirmou ainda que as delações premiadas teriam chegado ao “máximo de desmoralização onde basta concordar com qualquer coisa que a acusação encomendar para obter infinitos benefícios”. As informações são do colunista Fausto Macedo, do Jornal O Estado de São Paulo.
“Repudio com veemência o conteúdo e se trata de mais uma delação sem provas que visa a corroborar outras delações também sem provas, onde o delator relata fatos que inclusive não participou, não tinha qualquer possibilidade de acesso a informações, salvo por interesse da acusação em dar credibilidade a outros delatores”, afirma.Desminto supostas referências sobre terceiros a mim atribuídas, incluindo ao presidente Michel Temer. Tudo que ele declara que ouviu dizer de mim é uma absoluta mentira
Eduardo Cunha
Cunha está preso desde outubro do ano passado. Ele é acusado de obstruir a Operação Lava Jato enquanto permanecia livre. O ex-presidente da Câmara foi condenado a 15 anos e quatro meses de prisão por propinas de U$S 1,5 milhão na compra do campo petrolífero de Benin, na África, pela Petrobras, em 2011.
Em Brasília, onde está encarcerado para prestar depoimento até o dia 9 de outubro, é réu no processo pelo suposto envolvimento em irregularidades na liberação de valores do Fundo de Investimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FI-FGTS), da Caixa Econômica Federal. Durante o interrogatório de outubro, Cunha deverá ser questionado sobre sua suposta atuação junto ao ex-vice-presidente de Fundos e Loteria da Caixa, Fabio Cleto.
Em delação premiada, o colaborador afirmou que o deputado cassado e o corretor Lúcio Bolonha Funaro, tido como operador financeiro do PMDB, intermediavam pagamento de propina para liberação de valores do FI-FGTS para grandes grupos econômicos.