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Bolsonaro sobre guerra Rússia x Ucrânia: “Meu partido é o Brasil”

Presidente reforçou que Brasil adota neutralidade no conflito e ressaltou que o país tem negócios com a Rússia

atualizado

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Alan Santos/PR
Bolsonaro visita o presidente russo, Vladimir Putin, no Kremlin em Moscou. Eles andam um atrás do outro pelo corredor da sede do governo - Metrópoles
1 de 1 Bolsonaro visita o presidente russo, Vladimir Putin, no Kremlin em Moscou. Eles andam um atrás do outro pelo corredor da sede do governo - Metrópoles - Foto: Alan Santos/PR

O presidente Jair Bolsonaro (PL) ressaltou nesta terça-feira (12/4) que o Brasil adota neutralidade no conflito entre a Rússia e a Ucrânia e afirmou que a posição brasileira é justificada por negócios com o governo russo.

“Nessa guerra lá fora queriam que eu tomasse partido. Meu partido é o Brasil. Temos negócios com a Rússia, somos neutros e continuamos recebendo fertilizantes deles. Imaginem o nosso agronegócio sem fertilizante. Cairia a produtividade”, disse Bolsonaro a apoiadores na saída do Palácio da Alvorada, segundo registro de um canal no YouTube.

A Rússia é um dos países que mais exportam adubos e fertilizantes para o Brasil. Em janeiro, 30% do insumo que chegou ao território nacional veio dos russos, segundo o Ministério da Economia.

A posição brasileira já foi manifestada em órgãos internacionais pelo ministro das Relações Exteriores, Carlos França, e pelo embaixador Ronaldo Costa Filho, representante brasileiro na Organização das Nações Unidas (ONU). O posiconamento, contudo, é criticado por especialistas e diplomatas.

Em mais de um mês de guerra, o governo russo quer “dobrar ou talvez até triplicar” a presença do Exército na região separatista pró-Rússia de Donbass, onde ficam Donetsk e Lugansk. Uma nova etapa no conflito se avizinha.

As negociações para um acordo de paz estão estagnadas desde que a Ucrânia acusou a Rússia de executar um massacre em Bucha, cidade próxima a Kiev.

Gás russo

Nesta terça, Bolsonaro também considerou que a Europa “caiu na real com a guerra”, em razão da dependência do gás russo. A produtora estatal Gazprom continuou a fornecer gás natural para a Europa via Ucrânia, segundo a agência de notícias Interfax.

“A Europa agora caiu na real com a guerra, né? Se lá a Rússia fechar a torneira do gás, 40% do gás da Europa vem da Rússia. Como eles vão sobreviver? Vai ficar complicada a vida deles”, assinalou.

Dados de antes da guerra indicavam que a Europa importava cerca de 40% do seu gás natural da Rússia. A União Europeia estuda cessar a compra de gás e petróleo russos como parte do novo pacote de sanções à Rússia. A medida é defendida por autoridades ucranianas como forma de barrar a ofensiva de Vladimir Putin.

A emancipação do bloco do gás russo deve levar anos para se concretizar, de acordo com especialistas, pois exige construções de terminais e outras unidades.

Países como Holanda e Reino Unido têm evitado importar gás da Rússia e recorrido a origens mais distantes, como Estados Unidos, Qatar ou África.

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