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Bolsonaro: “O orçamento secreto é do Parlamento. Não tenho nada a ver”

As declarações foram dadas um dia após Lula afirmar que o presidente parece um “bobo da corte” por não coordenar os recursos públicos

atualizado

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Igo Estrela/Metrópoles
Lira e Jair Bolsonaro
1 de 1 Lira e Jair Bolsonaro - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, nesta sexta-feira (26/8), que o orçamento é bastante restrito e que a decisão sobre o direcimento dos recursos cabe ao Parlamento: “Nós apenas executamos”. As declarações foram dadas em entrevista à Jovem Pan, um dia após o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chamar o chefe do Executivo de “bobo da corte” por não coordenar os recursos públicos.

“O orçamento é bastante restrito. O orçamento secreto foi criado em 2019 e eu vetei, o Congresso derrubou o veto, inclusive deputados do PT. Quem decide para onde vai esse dinheiro não sou eu, é o relator, e ele sofre as influências dentro do Parlamento. Nós apenas executamos, não temos qualquer controle sobre isso daí”, disse Bolsonaro nesta sexta.

O mandatário afirmou ainda que “o Parlamento é o grande soberano”, porque cabe a ele a decisão final sobre vetos. Quando um projeto de lei é aprovado pelo Congresso, o presidente da República pode vetar, mas os parlamentares têm a palavra final e podem derrubar a medida do Executivo.

“O pessoal culpa a mim pelo orçamento secreto. Eu não tenho nada a ver com isso. Quem define a lei na ponta da linha não sou eu. Se aprova um negócio lá no Congresso e eu veto, se derrubar o veto, não tem mais conversa. O Parlamento é quem é o grande soberano nessa questão”, continuou Bolsonaro.

Na noite de quinta-feira (25/8), em sabatina no Jornal Nacional, da TV Globo, Lula afirmou que Bolsonaro não coordena o orçamento e que “quem cuida” e “libera verba” é o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). “Acabou o presidencialismo, o Bolsonaro não manda nada, o Bolsonaro é refém do Congresso Nacional. O Bolsonaro sequer cuida do orçamento”.

“O Bolsonaro parece o bobo da corte. Ele não coordena o orçamento. Veja que engraçado, acabou de aumentar o auxílio emergencial para R$ 600, correto? Ele queria R$ 200, a gente queria R$ 600, ele mandou R$ 500, agora mandou R$ 600. Até quando? Até dia 31 de dezembro”, disse.

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