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PT, PSB e PSol querem PCdoB, PDT e Rede em bloco anti-Maia e Bolsonaro

Para presidente do PSB, impor uma derrota ao governo logo no início dos trabalhos legislativos seria importante para o campo progressista

atualizado

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Isac Nóbrega/PR
Bolsonaro e Maia na PGR
1 de 1 Bolsonaro e Maia na PGR - Foto: Isac Nóbrega/PR

Em reunião na manhã desta terça-feira (22/1), dirigentes do PT, PSB e PSol negociaram pontos para a formação de um bloco parlamentar na Câmara dos Deputados em oposição ao governo de Jair Bolsonaro (PSL) e com o objetivo de derrotar a candidatura à reeleição do deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) à presidência da Casa. Ao final do encontro, as legendas partiram para a busca de mais três apoios: da Rede, do PCdoB e do PDT. As duas últimas siglas já declaram apoio à candidatura de Maia e serão procuradoras a fim de que mudem de posição.

Na mesa de conversa, integrantes do PT, PSB e PSol tentam ainda um acordo para a eleição da Presidência da Câmara e para a ampliação do leque de alianças na oposição. Ao sair da reunião, o deputado eleito Marcelo Freixo, candidato do Psol à Presidência da Câmara, ponderou que, independentemente de quem seja o candidato do campo progressista, a ampliação do bloco, integrando os comunistas e os trabalhistas é importante.

Chamar o PDT e PCdoB é coerente e isso junta mais de 130 deputados. O nome é o que expressa essa unidade, não é o mais importante. O mais importante é a garantia da unidade da esquerda

Marcelo Freixo, deputado federal eleito (PSol-RJ)

Líder do PSol na Câmara, o deputado Ivan Valente saiu otimista de que o campo de oposição conseguirá articular um bloco capaz de impor derrotas a Bolsonaro.

“Essa reunião de hoje consolida uma visão do enorme desgaste que está tendo o governo Bolsonaro. Por isso a proposta de recolocar para o PCdoB e PDT, aliados históricos, que venham para o bloco, para termos uma agenda comum, que é contra o retrocesso civilizatório nos costumes e, particularmente, contra a agenda reacionária de retirada de direitos da proposta de [ministro da Economia] Paulo Guedes”, enfatizou.

A presidente do PT saiu da reunião com a tarefa de conversar com os presidentes do PDT, Carlos Lupi (RJ), e do PCdoB, Luciana Santos (PE), para tentar atrair as legendas para o bloco. Além disso, por sugestão do Psol, a Rede, da ex-candidata à Presidência da República Mariana Silva, também será convidada para a próxima reunião.

“Estamos fazendo esse primeiro movimento”, disse Gleisi Hoffmann.

Socialistas querem MDB e PP
O presidente do PSB, Carlos Siqueira continuou com a defesa de ampliação do bloco também para os partidos considerados de centro, como o MDB e o PP. No entender de Siqueira, impor uma derrota ao governo logo no início dos trabalhos legislativos seria importante para o campo progressista.

“Estamos em um esforço conjunto para atrair esquerda e centro-esquerda. O governo já se mostra desastroso. É preciso unir forças”, ponderou. “Nós, do PSB, achamos que todos que tiverem rejeição a esse governo devem ser buscados. É preciso evitar retrocesso das políticas sociais e políticas ultraliberais”, acrescentou Siqueira.

Ele descartou qualquer possibilidade de apoio a Maia. “Não, absolutamente não! Não há a menor chance de o PSB apoiar Maia. Ele é o candidato de Bolsonaro e temos que honrar nossa posição de oposicionista”, enfatizou.

Após a reunião, os deputados do PSol se reuniram com integrantes da Rede para convidarem a única deputada do partido, Joênia Wapichana (RR) para integrar o bloco.

Convergências e divergências
Entre os pontos convergentes entre PSB, PSol e PT no início da tentativa de atuação em bloco, estão a resistência ao governo e à candidatura de Rodrigo Maia (DEM) para presidente da Casa. No entanto, há pontos divergentes entre os três partidos que podem emperrar a negociação caso não sejam resolvidos.

Um deles se refere à ampliação da aliança, ao incluir MDB, PP e PTB. Essa hipótese é considerada pelo PSB e pelo PPT, mas integrantes do PSol se opõem a ela. “Se for assim, nós não estaremos no bloco”, disse Marcelo Freixo.

O presidente do PSol, Juliano Medeiros, acredita que a ideia, entretanto, tem perdido força e isso vai permitir uma aproximação com o PT e o PSB.

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