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PSB cobra mais “entrosamento” de Joaquim Barbosa

Na avaliação dos dirigentes do partido, o ex-ministro precisa deixar a discrição e partir para uma exposição maior na área política

atualizado

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1 de 1 - Foto: Ueslei Marcelino/Estadão

Dirigentes e governadores do PSB passaram a cobrar do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa maior “entrosamento” com integrantes do partido. A avaliação é de que ele precisa expandir sua interlocução para além da cúpula da legenda e expor suas ideias aos demais filiados, com a finalidade de vencer as resistências ainda existentes dentro da sigla em relação a uma eventual candidatura à Presidência da República.

Barbosa se filiou ao Partido Socialista Brasileiro na última sexta-feira (6/4), durante cerimônia discreta em São Paulo, a pedido do próprio ex-ministro. Ele negociou a entrada no partido com o presidente nacional da legenda, o pernambucano Carlos Siqueira. Também teve poucos encontros com parlamentares da cúpula da sigla, entre eles, o líder do PSB na Câmara, deputado Julio Delgado (MG). Nas conversas, disse que manteria seu estilo comedido até decidir se será ou não candidato, mesmo após a filiação.

Para ajudar Barbosa a mudar de posicionamento, o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, o convidou para conhecer o governo de Recife e conversar com integrantes do PSB no estado, que representam uma das alas mais influentes do partido.

O convite foi feito durante conversa por telefone entre Câmara e Barbosa no dia em que o ex-ministro assinou a ficha de filiação. O jurista, porém, ainda não respondeu.

Diálogo
Também filiado ao PSB, o governador da Paraíba, Ricardo Coutinho, cobra mais diálogo da parte de Barbosa. “Se ele almeja ser candidato a algum cargo, creio que vai discutir com o partido, se expor. Só vi até agora a imprensa falar por ele”, disse Coutinho.

Coutinho contou que, até o momento, não teve a “oportunidade” de conversar sobre política com o ex-ministro e, por isso, não quis expor opinião sobre uma eventual candidatura de Barbosa.

Conforme admite o próprio presidente do PSB, Barbosa precisa se “entrosar” mais com a legenda. Segundo Siqueira, o ex-ministro está disposto a dialogar com integrantes da sigla nos estados. “Vamos ter conversas para ele começar a se entrosar com o partido”, afirmou. “Demos o primeiro e mais importante passo na filiação. Agora, faremos a costura interna com as bancadas e a direção para consolidar”, pontuou também o deputado Júlio Delegado.

Marqueteiro
Mesmo sem decisão oficial de Barbosa sobre uma possível candidatura, o PSB já começa a discutir a montagem de uma estrutura de campanha para o ex-ministro. O partido sugeriu, por exemplo, o nome do argentino Diego Brady para marqueteiro.

Brady trabalhou na campanha presidencial do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, morto em agosto de 2014 num acidente aéreo logo no início da disputa. O marqueteiro, que também já fez a campanha de Geraldo Julio à Prefeitura de Recife em 2012, foi apresentado pessoalmente a Barbosa durante reunião em Brasília no final de janeiro.

Na ocasião, Brady sugeriu que o ex-ministro soltasse nota para comentar a condenação de Lula pelo Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4) a 12 anos e 1 mês no caso do triplex no Guarujá (SP). O ex-presidente da Suprema Corte acabou não seguindo o conselho. A reportagem não conseguiu contato com Barbosa.

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