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Governo minimiza apoio adiado dos EUA para entrar na OCDE

Onyx Lorenzoni avalia que país ainda precisa se adequar às exigências do grupo e não vê indicação de Argentina e Romênia como perda de apoio

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Tereza Cristina, ministra da Agricultura, onyx lorenzoni e o Presidente Jair Bolsonaro Porto Seco Centro Oeste – Anápolis – GO
1 de 1 Tereza Cristina, ministra da Agricultura, onyx lorenzoni e o Presidente Jair Bolsonaro Porto Seco Centro Oeste – Anápolis – GO - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O governo brasileiro sustenta a versão de que recebeu com naturalidade a opção dos Estados Unidos por indicar agora a Argentina e Romênia à Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), mesmo que o presidente Donald Trump tenha prometido apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PSL). O entendimento é de que o Brasil ainda caminha para se adequar aos padrões do grupo de países mais ricos, e o ingresso no grupo limita-se a uma questão de tempo.

Um dos fatores que conta para uma indicação à entidade, que reúne 36 países ricos e em desenvolvimento em torno de avaliação e definição de políticas públicas, é o respeito ao meio ambiente. O Executivo brasileiro refuta a hipótese de que o tratamento dado por Bolsonaro à área tenha interferido nessa questão.

Em São Paulo, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, se reuniu com o secretário geral-adjunto da OCDE, Ludger Schuknecht, e reforçou o posicionamento. “Mais importante até do que o fato de já estar iniciado ou ser iniciado formalmente o processo de acessão, são as práticas”, afirmou.

Entre os valores citados pelo ministro, estão uma boa relação com a sociedade, construção de normas regulatórias e seriedade na relação entre público e privado. Onyx deixou claro que o país não depende exclusivamente do apoio dos Estados Unidos.

“Nós vamos trabalhar para colocar o Brasil dentro do standard até o momento que, pelo tamanho da economia brasileira, pela relevância da liderança brasileira que está sendo retomada em toda a América Latina, a própria OCDE vai querer convidar o Brasil para ter a honra de ter talvez já lá a oitava ou sétima economia do mundo”, disse.

No Palácio do Planalto, há o entendimento de que o país não seria indicado de imediato, mesmo com a aproximação a Trump, porque já havia antes relação de países estabelecida, com alternância de continentes. Portanto, seria natural o nome da Argentina aparecer primeiro.

Integrantes do Ministério da Economia também entendem que o Brasil ainda não implementou uma série de processos com vistas a se ter transparência e controle de gastos públicos, por exemplo, por isso o não endosso por parte dos EUA já era esperado.

Divergência
Embora haja da parte da equipe econômica e da Casa Civil o discurso de que o Brasil ainda não conseguiu terminar o dever de casa para seu ingresso na OCDE, da parte do Itamaraty o entendimento era diverso.

Minutos antes da divulgação da desistência do presidente norte-americano da indicação do Brasil, o ministro Ernesto Araújo discursou apontando que o país estava pronto para a acessão.

“Estamos vivendo uma extraordinária abertura econômica. Estamos prontos para integrar a OCDE. Nós e o setor privado acreditamos que isso será chave para o desenvolvimento do Brasil”, disse o ministro ao participar do Fórum de Investidores 2019, em São Paulo.

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