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PF: Bendine iria para Lisboa nesta sexta (28), só com passagem de ida

O ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobras, preso nesta quinta (27/7), tem nacionalidade italiana, de acordo com investigadores

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GERALDO BUBNIAK/AGB/ESTADÃO CONTEÚDO
Ex-presidente do BB e da Petrobras é preso em nova fase da Lava Jato
1 de 1 Ex-presidente do BB e da Petrobras é preso em nova fase da Lava Jato - Foto: GERALDO BUBNIAK/AGB/ESTADÃO CONTEÚDO

A Polícia Federal descobriu que o ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobras Aldemir Bendine, preso nesta quinta-feira (27/7), estava com viagem marcada para Portugal. O embarque ocorreria nesta sexta (28), com destino à capital, Lisboa. A PF diz ter informação de que Bendine, que também tem nacionalidade italiana, só havia comprado passagem de ida para a Europa.

Bendine foi preso em Sorocaba, interior de São Paulo, na Operação Cobra, 42ª fase da Lava Jato, por suspeita de recebimento de propina de R$ 3 milhões da empreiteira Odebrecht. Inicialmente, ele havia solicitado R$ 17 milhões da companhia, quando ainda ocupava a presidência do Banco do Brasil.

A força-tarefa do Ministério Público Federal (MPF) havia requerido a prisão preventiva — sem prazo para terminar — de Bendine. Embora tenha reconhecido a existência de provas que justificassem a prisão preventiva, o juiz federal Sérgio Moro decidiu impor ao executivo regime temporário de custódia por cinco dias.

Para os investigadores, o fato de ter dupla cidadania poderia facilitar uma eventual fuga de Bendine para a Itália, destino de outros investigados em outros escândalos, como o ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolatto, condenado no Mensalão do PT.

A Lava Jato constatou, ainda, que o publicitário André Gustavo Vieira, apontado como “operador financeiro” de Bendine, tinha “negócios consolidados” em Portugal. Em 2011, segundo o procurador da República Athayde Ribeiro Costa, o aliado de Bendine trabalhou na campanha que elegeu o primeiro-ministro português.

“Importante pontuar que a quebra telemática encontrou apenas passagem de ida de Bendine”, destacou o procurador. “Isso não significa que não exista passagem de retorno. Mas, ainda que houvesse passagem de retorno não alteraria o quadro de justificação para o pedido de prisão preventiva de Bendine.”

Athayde informou que, a partir de documentos e outras provas colhidas nas buscas da fase Cobra da Lava Jato, o MPF deverá reiterar o pedido de prisão em regime preventivo do ex-presidente da Petrobras.

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