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Delivery de gasolina: isso vai reduzir o preço? Veja como seriam as regras

Compra por aplicativo e entrega em casa funciona só em três bairros do Rio. Deputado quer acabar com os frentistas para reduzir custos

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Você quando quer pedir um lanche, aciona o iFood, o Rappi ou Uber Eats, certo? Que tal, então, baixar um aplicativo e pedir que alguém vá abastecer seu carro na sua garagem? A iniciativa ainda é bem nova – só há um aplicativo sendo testado em alguns bairros do Rio de Janeiro, como Barra da Tijuca e Recreio dos Bandeirantes. Mas essa possibilidade está sendo debatida em várias frentes – inclusive dentro do governo federal – como forma de reduzir o custo final do produto para o consumidor.

Afinal, o próprio relatório semanal de preços da Agência Nacional do Petróleo (ANP) divulgado neste domingo (29/8) mostra valores salgados – e bem variáveis. Há um posto no centro de Taguatinga vendendo o produto a R$ 5.899. Outros cinco da região, no entanto, incluindo  Ceilândia, cobram R$ 6,699 – diferença absurda de 80 centavos por litro.

O único aplicativo autorizado (para Android e iPhone) chama-se GoFit e já está presente em smartphones de 90 mil clientes (de pessoas físicas, seja para veículos comuns ou náuticos, como barcos e lanchas) do Rio. Basta chamar pelo app, que tem permissão de funcionamento pela ANP como projeto-piloto. É possível até marcar a hora para o abastecimento. 

Nos Estados Unidos, principalmente no estado da Califórnia, a iniciativa está sendo bem aceita. Funcionários de grandes companhias do Vale do Silício, como Facebook e FedEx, usam o delivery para abastecer seus carros. Mas, por lá, a regulamentação anda bem, com definição de limites tanto para o tamanho dos tanques quanto para os locais de abastecimento.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, já defendeu publicamente a ideia. Ele acha que isso vai aumentar a concorrência e baixar os preços dos combustíveis brasileiros – incluindo o mais nacional deles, o etanol. Funcionará, caso a prática seja regulamentada, adotada, popularizada? 

Para começar, é bom saber que o modelo vai nascer cheio de regras. Por exemplo: somente gasolina e etanol seriam permitidos. E com o limite de dois mil litros por veículo de entrega. A venda só poderia ser feita nos limites do mesmo município – o que seria ruim em regiões metropolitanas, em que ninguém sabe onde começa uma cidade e termina outra. 

Transportar combustíveis exige responsabilidade – e por isso é preciso que esses caminhões-tanques menores e urbanos tenham equipamentos para permitir a análise de amostras de combustível. Para piorar, a ANP vai exigir cadastramento prévio, e somente donos de postos (e aí o bicho pega) podem ofertar o serviço. 

Por fim, e corretamente, o abastecimento não poderá ser feito em superfícies que não sejam impermeáveis, sendo vedada essa ação em garagens, “áreas subterrâneas” e em locais em que seja necessário parar em fila dupla ou em local proibido de estacionar.

Na Câmara, mais uma proposta que – pelo menos em tese, e acredite quem quiser – poderia ajudar na redução de preços: o fim dos frentistas. Sério: inspirada no que acontece nos EUA e alguns países da Europa, toda a profissão seria extinta. O próprio motorista abasteceria o carro, com a automatização da operação de bombas. 

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