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Falta de tornozeleira impede prisão domiciliar de Cavendish

Por causa da crise financeira que atinge o Rio, Secretaria de Administração Penitenciária está sem recursos para equipamento

atualizado

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Agência Brasil/Divulgação
fernando cavendish
1 de 1 fernando cavendish - Foto: Agência Brasil/Divulgação

Um impasse na prisão do empresário Fernando Cavendish, dono da empreiteira Delta Construções S/A, no fim da madrugada deste sábado (2/7), pode fazer com que ele seja transferido para o Presídio de Bangu 8, na zona oeste do Rio de Janeiro. Cavendish está no Presídio Ary Franco, em Água Santa, na zona norte, um local de triagem dos detidos.

O desembargador Ivan Athié, do Tribunal Regional Federal (TER-2), converteu a pena de Cavendish para prisão domiciliar, na última sexta-feira (1º). Na decisão, Athié determinou que os três usassem tornozeleiras eletrônicas, entregassem os passaportes e para que não saíssem do país.

Porém, por causa da crise financeira do Rio, a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) está sem recursos para fornecer tornozeleiras para os presos. Por isso, a Justiça determinou que ele fosse transferido para Bangu 8, para onde são levados os presos com nível superior.

Transferência
Até as 13 horas, a Seap ainda não havia recebido o diploma de Cavendish, necessário para a transferência para Bangu 8. A decisão do desembargador também vale para o bicheiro Carlinhos Cachoeira, o empresário Adir Assad, Claudio Abreu, ex-diretor da Delta, e o empresário Marcebo Abbud, também acusados de participar do esquema usar empresas fantasmas para transferir cerca de R$ 370 milhões de recursos obtidos pela Delta para o pagamento de propina a agentes públicos. Eles tiveram a prisão decretada pela Justiça, a pedido do Ministério Público Federal.

O advogado de Cachoeira, Marcel Versiani, criticou a decisão da Justiça da transferência para Bangu.

“Se não há tornozeleira, a Justiça deve determinar a soltura dele. Não pode transferir para o nosso cliente a omissão do Estado de não fornecer o equipamento. É o que manda a jurisprudência”, disse Versiani.

Para casa
Ao ser liberado para a prisão domiciliar, Cavendish deve seguir para o seu apartamento da Rua Delfim Moreira, local nobre do bairro do Leblon, na zona sul. Por nota, a  Seap informou que os presos poderiam ir para prisão domiciliar sem tornozeleira, desde que o juiz autorize.

“A Seap esclarece que vem se esforçando para honrar seu compromisso junto ao fornecedor para que a entrega e manutenção das tornozeleiras sejam normalizadas. Cabe ressaltar que ainda não foram apresentados os diplomas de nível superior”, informou a secretaria.

Cavendish foi preso no Aeroporto Internacional Tom Jobim, na Ilha do Governador, na zona norte do Rio de Janeiro. Ele foi escoltado por agentes da Polícia Federal, depois de chegar de um voo vindo de Roma. Ele estava fora do País desde o dia 22 de junho. Depois de passar por exames no Instituto Médico Legal (IML), ele foi encaminhado para o Presídio Ary Franco.

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