metropoles.com

SP escolhe hoje o 1º governador carioca ou petista de sua história

Paulistas vão às urnas eleger Tarcísio de Freitas ou Fernando Haddad para governar o estado que ficou 28 anos sob domínio do PSDB

atualizado

Compartilhar notícia

fernando haddad e
1 de 1 fernando haddad e - Foto: null

Mais de 34 milhões de eleitores paulistas aptos a votar escolherão neste domingo (30/10) quem será o governador de São Paulo pelos próximos quatro anos. O ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos), 47 anos, e o ex-prefeito Fernando Haddad (PT), 59 anos, disputam o comando do estado mais rico e populoso do país.

Tarcísio chega ao dia decisivo da eleição com um ligeiro favoritismo sobre Haddad. Segundo pesquisa Datafolha divulgada no sábado (29/10), o candidato bolsonarista tem 53% dos votos válidos, contra 47% do petista.

Independentemente de quem sair vitorioso das urnas nesta noite, o resultado será um marco histórico na política paulista. São Paulo nunca elegeu um governador carioca, nascido e criado no Rio de Janeiro, como Tarcísio, o candidato lançado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).

Os paulistas também nunca escolheram um governador petista, em 10 eleições realizadas desde a fundação do partido, que lançou candidato próprio em todas. Na primeira delas, em 1982, o postulante foi Luiz Inácio Lula da Silva, padrinho político do atual candidato da legenda, Fernando Haddad.

Os candidatos Fernando Haddad e Tarcísio de Freitas confraternizam durante o debate exibido pela Band
Haddad e Tarcísio durante debate da Band

Durante a campanha, cada um dos candidatos explorou essas características como um ponto fraco do adversário. Tarcísio tentou colar em Haddad os escândalos de corrupção dos governos do PT para fomentar o antipetismo, que ainda é forte em São Paulo, principalmente no interior do estado.

Já Haddad fez questão de enfatizar inúmeras vezes, ao longo do segundo turno, que Tarcísio não é de São Paulo. O petista ressaltou que, além de desconhecer a realidade dos paulistas, o candidato do Republicanos traria para o estado as piores práticas do Rio de Janeiro – em especial, o desmonte da segurança pública e o estímulo ao surgimento de milícias.

O último governador paulista que não nasceu no estado foi Jânio Quadros (1955-1959), natural de Campo Grande (MS). Jânio, contudo, mudou-se ainda jovem para São Paulo, onde se formou em direito e iniciou a carreira política, elegendo-se vereador, deputado e prefeito da capital, antes de assumir o cargo.

Fim da hegemonia

A eleição ao governo de São Paulo já tem lugar reservado na história por acabar com uma hegemonia de 28 anos do PSDB no comando do estado. Candidato tucano, o governador Rodrigo Garcia ficou em terceiro lugar no primeiro turno, o que representa o pior desempenho do partido no estado desde 1990. No segundo turno, Garcia declarou apoio a Tarcísio.

Desde 1994, quando venceu com o ex-governador Mário Covas, o PSDB acumulou sete vitórias consecutivas nas urnas. A última delas em 2018, com o ex-governador João Doria, apontado por alguns tucanos como um dos responsáveis pela crise da legenda. Neste mês, Doria se desfiliou do partido depois de 22 anos.

Quem assumir a cadeira de governador em janeiro de 2023 terá controle sobre um orçamento de R$ 317 bilhões. Desse total, R$ 24 bilhões estão previstos em investimentos, ou seja, recursos não carimbados que podem ser aplicados conforme a prioridade do chefe do Executivo local. Também terá à disposição 23 mil cargos comissionados, integrantes da maior máquina pública do país, depois do governo federal.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?