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Ciro bate boca com empresário que critica o Estado: “Desintoxica”

O presidenciável e Flávio Rocha, do grupo Riachuelo, discordaram sobre o papel do governo na economia do país

atualizado

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Ciro Gomes
1 de 1 Ciro Gomes - Foto: Reprodução/YouTube

O candidato à Presidência da República pelo PDT, Ciro Gomes, participou de um encontro com empresários, na manhã desta segunda-feira (22/8), no Instituto para o Desenvolvimento do Varejo, em São Paulo. Na ocasião, o ex-ministro falou sobre economia e propostas para a recuperação do mercado.

Durante o evento, Ciro teve uma pequena discussão com Flávio Rocha, do grupo Riachuelo, na qual os dois se desentenderam sobre o papel do Estado na economia.

O bate-boca começou quando foi aberta a sessão de perguntas ao presidenciável e Flávio associou o crescimento do Estado com a piora do cenário econômico. O empresário também defendeu a abertura do país para o livre mercado e reclamou da proposta de taxação de grandes fortunas, defendida por Ciro para financiar a renda mínima de cidadania no valor de R$ 1 mil.

Ciro rebateu as afirmações, dizendo que o problema do país não é o tamanho do Estado. “Eu já tô muito maduro para ficar defendendo Estado máximo ou mínimo. O que eu quero desenhar é um Estado objetivamente encarregado de promover suas tarefas nas quais a iniciativa privada não é capaz de fazer”, começou.

“Me responda: qual foi a nação do planeta Terra que lançou sua infraestrutura sem investimento do governo? Qual nação atingiu qualquer que seja o nível de maturidade tecnológica sem a presença pioneira do Estado?”, questionou.

Flávio, então, citou o exemplo dos Estados Unidos como um país em que a presença do governo foi mínima e Ciro interrompeu: “Você não ouviu o que eu falei? Isso aqui se chama celular, quem criou foi o DARPA, uma agência estatal americana. Quem criou a internet que estamos usando aqui foi o exército americano”, continuou o presidenciável, citando outras tecnologias criadas a partir de investimento governamental.

“Tudo isso está muito bem difundido para a iniciativa privada, mas nenhum domínio foi, nem na química, nem na biologia, nem na farmácia, nem na eletrônica, nenhum domínio foi feito pela iniciativa privada. Porque é muito caro, Flávio. A pesquisa básica é inviável de ser remunerada pelo capitalismo”, argumentou.

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Ciro continuou falando sobre grandes estruturas financiadas pelo governo nos Estados Unidos. “O camarada tem a malha rodoviária nos Estados Unidos, vai ver se aquilo foi a iniciativa privada que fez. Até pode ter os grandes operadores…” Neste momento, Flávio interrompe para citar outros exemplos, como a vacina contra a Covid-19, da Pfizer, e é novamente cortado por Ciro.

“Para com isso. Tudo é o Estado. Você não sabe que a pesquisa da Covid-19 foi paga pelo estado americano? Meu amigo, desintoxica. Vamos raciocinar juntos. Você acabou de citar a vacina. A vacina foi feita com inversão poderosa do tesouro americano”, rebateu.

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O pedetista ainda vai desafiou o empresário a propor soluções. “A pergunta simples é: vamos cortar aonde? Vamos diminuir o tamanho do Estado? Vamos. Corte o quê?”

Além do empresário do grupo Riachuelo, também estiveram presentes do evento lideranças do setor como Luiza Trajano, do Magazine Luiza e Jorge Gonçalves Filho, presidente do Instituto para o Desenvolvimento do Varejo.

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