Casa de família agredida por PMs no ABC é atingida por disparos
Polícia Civil de São Paulo investiga o ataque, que aconteceu três dias após família ser agredida no meio da rua por policiais militares
atualizado
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A Polícia Civil de São Paulo abriu um inquérito para descobrir quem efetuou disparos contra a casa de uma família agredida por policiais militares do 10º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano durante uma abordagem em Santo André, no ABC paulista.
O caso ocorreu na madrugada desta segunda-feira (30/8), três dias após o episódio de violência ser registrado na polícia. As vítimas, que não ficaram feridas, contaram que ouviram cinco disparos enquanto dormiam. Os tiros perfuraram o portão e o carro que estava na garagem.
Uma das pessoas afirma que foi até a janela e ouviu alguém gritar “vai morrer todo mundo”. Após isso, o suspeito fugiu em uma motocicleta preta. Para a família, há policiais militares envolvidos no crime. “Desconfiamos que esse ataque possa ter sido cometido por outros PMs”, disse um dos familiares ao G1.
Em imagens da pancadaria que circulam nas redes sociais, é possível ver agentes dando tapas, socos, chutes e até um golpe conhecido como “mata-leão” em homens e mulheres no meio da rua Recife, no bairro Sacadura Cabral. A Polícia Militar alegou que precisou usar armas de choque para conter pessoas após uma confusão, o que não é visto nas imagens.
Após a divulgação das cenas, a Justiça Militar decretou a prisão de quatro policiais militares envolvidos no caso. Outros três PMs que também participaram das agressões estão afastados até o fim das investigações.
Em nota enviada ao Metrópoles, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP) informou que o caso foi registrado como ameaça e disparo de arma de fogo no 1º Distrito Policial de Santo André, onde também são investigadas as agressões pelos PMs. “Uma das vítimas foi ouvida e passou detalhes do ocorrido. Foi realizada perícia no local. Diligências estão em andamento para localizar imagens e testemunhas que auxiliem na identificação dos autores e esclarecer os fatos”, completou.
