Diretor do MEC demitido tinha R$ 737 mil em transações suspeitas
Governo decidiu demitir diretor de Gestão Educacional do MEC após operação da PF sobre desvio de verba na compra de kit em Alagoas
atualizado
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O diretor do Ministério da Educação (MEC) Alexsander Moreira, que foi demitido do cargo nesta segunda-feira (5/6), tinha cerca de R$ 737 mil em transações financeiras suspeitas, como quando ocorre depósito em dinheiro vivo, segundo a Polícia Federal (PF).
A portaria com a exoneração foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) após a Operação Hefesto da PF, que investiga a suspeita do desvio de R$ 8,1 milhões na aquisição de kits de robótica para 43 municípios de Alagoas.
A licitação para a compra dos kits de robótica teria sido direcionado para a empresa Megalic. A suspeita da PF é que parte do dinheiro público repassado para a compra dos kits tenha sido desviado pela empresa para outras contas até chegar, em dinheiro vivo, nas mãos de agentes públicos.
Os crimes teriam ocorrido entre 2019 e 2022, durante processos licitatórios, adesões a atas de registro de preços e celebrações contratuais para fornecimento de equipamentos de robótica. Os recursos aplicados ou previstos seriam de natureza federal, oriundos do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação (FNDE).
Alexsander Moreira era diretor de Apoio à Gestão Educacional, da Secretaria de Educação Básica do MEC. Ele estava no MEC desde 2017.