Nova geração de robôs levanta questões de pedofilia e estupro
Customização deixa os robôs parecidos com crianças e a organização britânica Foundation for Responsible Robotics decidiu propor um debate
atualizado
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Robôs que fazem sexo com humanos não é mais uma premissa de filme dos anos 1990 ou 2000. Com o avanço da tecnologia, essa ideia virou um mercado que se consolida cada vez mais. Os androids estão com aspecto mais real e podem ser montados conforme o gosto do comprador.
Esse é apenas um dos pontos que preocupam a organização britânica Foundation for Responsible Robotics. No último relatório lançado, eles abrem a discussão do que deve ser permitido e pedem até a participação dos governos internacionais.É dessa customização que vem uma polêmica: as bonecas semi-humanas podem ter seus cabelos e feições mudados de acordo com o usuário. O corpo pode ser reduzido, o que assemelha o robô a uma criança. Há quem defenda isso para “prevenir a pedofilia”. O argumento é que o android seria um substituto para o crime real.
Outro tópico abordado é consentimento. Apesar de serem máquinas, alguns robôs vêm com personalidade programada. É o caso da Roxxxy Gold, da marca True Companion, na qual é possível ativar a personagem “Frigid Farrah”, equivalente a Farrah Frígida em português. A produtora da Roxxxy Gold descreve a boneca “não receptiva a toques em áreas privadas”, como um traço de personalidade e não uma violação.
Na lista de preocupações do relatório da Foundation for Responsible Robotics está justamente o estupro robótico, que pode ser uma forma de incentivar o estupro de forma geral. Esses robôs são focados no homem heterossexual e têm interesse no que ele sente prazer, mesmo se isso configurar o crime de pedofilia ou estupro. Bem-vindo ao século 21.
Confira uma lista de filmes que discute o relacionamento entre humanos e robôs: