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Sociedade de Pediatria lança ação para combater álcool na gravidez

No portal Gravidez sem Álcool, é possível encontrar dados e informações sobre a Síndrome Alcoólica Fetal, além das características da doença

atualizado

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grávida, álcool, bebida
1 de 1 grávida, álcool, bebida - Foto: istock

É de conhecimento geral: gestantes devem evitar bebida alcoólica. A razão é o perigo da Síndrome Alcoólica Fetal (SAF), a doença é a principal responsável pelo retardo mental e anomalias congênitas não hereditárias no feto. Não há dados oficiais no Brasil, mas a estimativa é que entre 0,5 e 2 casos a cada mil nascidos vivos apresentem a SAF. Para cada criança que tem a síndrome completa, três não apresentam todas as características mas possuem déficits neurocomportamentais.

Pra ajudar a prevenir as ocorrências de SAF, a Sociedade Brasileira de Pediatria colocou no ar uma plataforma on-line com informações para pediatras, gestantes e mães. No portal Gravidez sem Álcool, é possível encontrar dados e informações sobre a síndrome, formas para diagnosticar a doença e os problemas que as crianças portadores da síndrome podem desenvolver.

O foco da ação é ajudar a conscientizar a população sobre os malefícios do consumo de qualquer tipo e quantidade de bebida alcoólica durante a gestação. Até mesmo um gole pode ser prejudicial, uma vez que o álcool atravessa a placenta e, como o feto ainda não tem enzimas e sistema imunológico suficiente para metabolizar a substância, a eliminação do álcool é mais lenta.

É possível diagnosticar a SAF ainda na gestação — a criança tem restrição de crescimento, sinais de deformidade na face e comprometimento do sistema nervoso central. Os já nascidos apresentam retardo mental, problema de motricidade, comprometimento de funções nervosas e musculares, dificuldades no aprendizado, de memória, de relacionamentos e fala, além de hiperatividade e déficit de atenção, entre outras desordens auditivas.

Segundo um estudo realizado com duas mil gestantes em um hospital de São Paulo, 33,29% das entrevistadas consumiu álcool em algum momento da gravidez. O estudo afirma que 71,4% das gestantes não planejou a gravidez e acabou bebendo antes de descobrir a gestação.

A presidente da SBP, Luciana Rodrigues Silva, destaca que “as anomalias congênitas presentes na SAF são totalmente previníveis se a mulher não beber álcool imediatamente antes da concepção e ao longo da gravidez”. Este é um consenso científico internacional, recomendado por instituições como a Academia Americana de Pediatria e o Colégio Americano de Obstetras e de Ginecologistas.

“Todo o cuidado é necessário para evitar a Síndrome Alcoólica Fetal (SAF). Ela pode ser totalmente prevenida, mas, se instalada, não tem cura”, alerta. As melhores ferramentas são a informação e a conscientização.

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