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Saiba quais são os riscos de usar cinta modeladora na hora de malhar

A nova moda é potencializar os resultados da malhação com uso da cinta modeladora. Mas será que a prática realmente ajuda a alcançar os objetivos desejados?

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A cinta modeladora (também conhecida como corpete) não é novidade para ninguém. Ela já é usada há muitos anos por pessoas que buscam afinar a cintura e esconder ou disfarçar gordurinhas naquelas roupas mais apertadas. Na saúde, seu uso é comum em tratamentos ortopédicos e durante alguns pós-operatórios.

Mas a novidade é a chamada ‘waist trainning’ (treino de cintura), no qual algumas pessoas, incluindo famosas internacionais, têm usado o corpete para malhar. Os usuários acreditam que a prática potencializa os efeitos do exercício, molda o corpo, afina a cintura e melhora a postura durante a malhação.

Geralmente, os acessórios são feitos em materiais resistentes, como o látex. Com a promessa de que o uso regular da cinta reduz gradualmente a cintura, muitas pessoas passam o dia inteiro com elas e até dormem usando-a. A marca de modeladores Waist Gang Society é a favorita das Kardashians.

No final do ano passado, Kim Kardashian postou uma foto no espelho falando: “Estou obcecada pelo waist trainning. Obrigada @premadonna87 pelos meus novos modeladores”, em tradução livre. Não se sabe se foi publicidade paga pela loja ou se a socialite realmente usa as cintas. Mas, as outras irmãs Kardashian e Kylie Jenner também postaram fotos usando o acessório para malhar.

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Mas, será que esse truque realmente funciona? Para o cirurgião plástico Marco Cassol, as cintas podem modelar o corpo da pessoa, mas também têm o poder de deformá-lo. O uso excessivo da peça por vários dias consecutivos e por um longo período de horas acarreta complicações e muito mais malefícios do que benefícios para o corpo. Pode gerar atrofia da musculatura paravertebral e da musculatura da coluna, o que, fatalmente, repercutirá nas costas em forma de dores futuras.

Na prática, os modeladores agem comprimindo as costelas e o abdômen. O indivíduo que usa a cinta muito apertada no final do tórax – nas duas vértebras situantes -, corre o risco de ter suas costelas curvadas e obter o efeito de deformidade torácica, semelhante ao do processo de retirada da cartilagem das costelas.

O cirurgião plástico diz ainda que o uso da cinta modeladora é bem vindo em pós-operatório de cirurgias plásticas corporais. A cinta também torna-se uma aliada importante em pacientes que ganharam bebês e ainda estão com o abdômen um pouco aumentado depois da gestação.

Vale ressaltar que o uso do espartilho e do corselete, que são aquelas cintas com os cadarços mais fortes, gera uma restrição respiratória muito mais importante. A prática de exercícios físicos e de uma dieta regrada apresentam resultados melhores e mais saudáveis do que o uso da cinta. 

Dr. Marco Cassol, cirurgião plástico

Cassol também chama a atenção para o fato de que, usando o modelador, a pessoa tem dificuldade de respirar com o diafragma, que é a base do pulmão e músculo responsável por empurrar para baixo as vísceras que expandem o órgão. Assim, todas as vísceras abdominais ficam restritas, possibilitando o surgimento de uma grave restrição respiratória ou até mesmo uma insuficiência respiratória.

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