metropoles.com

Após 13 anos, Missão Cassini termina com mergulho sobre Saturno

A expedição custou US$ 3,9 bilhões (R$ 12,2 bilhões), com investimentos da Nasa, da Agência Espacial Europeia e da Agência Espacial Italiana

atualizado

Compartilhar notícia

Divulgação/Nasa
saturno anéis missão cassini nasa
1 de 1 saturno anéis missão cassini nasa - Foto: Divulgação/Nasa

Depois de passar 13 anos explorando Saturno e suas diversas luas, a espaçonave Cassini, da Nasa, executou nesta sexta-feira (15/9) um mergulho final na atmosfera do planeta e foi consumida pelas chamas.

De acordo com a agência espacial americana, a despedida dramática foi planejada para que a espaçonave — agora quase sem combustível — não corresse risco de se chocar com Titã e Enceladus, o que poderia contaminar essas luas de Saturno com algum vestígio remanescente de material biológico da Terra.

O mergulho em Saturno encerrou a última fase da missão, iniciada em 22 de abril. Nesta etapa, batizada pelos cientistas de “Grand Finale”, a nave realizou um longo passeio em uma região onde nenhuma outra espaçonave jamais chegou. Em 22 sobrevoos, a Cassini passou pela brecha de 2,4 mil km entre os anéis congelados de Saturno.

A espaçonave perdeu contato com a Terra às 8h55, um minuto depois de entrar na atmosfera de Saturno, a cerca de 1,9 mil km de altitude em relação à espessa camada de nuvens que cobre o planeta. Durante o mergulho na atmosfera, a Cassini chegou à velocidade de 113 mil km por hora.

Quando a espaçonave começou e entrar em contato com a atmosfera de Saturno, seus propulsores de controle de altitude produziam curtos disparos contra o gás do ambiente. Com isso, a antena em forma de disco da nave permaneceu apontada para a Terra para enviar os preciosos dados finais da missão.

À medida que a Cassini se aprofundou na atmosfera, cada vez mais espessa, os propulsores foram forçados a aumentar a atividade, passando de 10% para 100% de sua capacidade no intervalo de um minuto.

Com os propulsores disparados na força máxima, a Cassini perdeu estabilidade e começou a despencar.

Ao perder a comunicação com a Terra, a Cassini esteve a aproximadamente 1,5 mil km da cobertura de nuvens de Saturno. Nesse ponto, a espaçonave ficou em chjamas como um meteoro. Cerca de 30 segundos após a perda do sinal, a nave se despedaçou, em dois minutos, e seus fragmentos foram totalmente consumidos pela atmosfera saturnina.

Por causa do tempo que os sinais de rádio levam para chegar de Saturno até a Terra, os eventos ocorrem no planeta dos anéis 83 minutos antes de serem observados. Isso significa que, embora a Cassini tenha começado a despencar sobre Saturno e perdido a comunicação às 10h31, o último sinal enviado pela nave só foi recebido na Terra 83 minutos depois.

Sinais valiosos
As antenas da Rede de Espaço Profundo da Nasa, localizada em Camberra, na Austrália, captaram a última transmissão da Cassini. Esses sinais, porém, não incluem imagens. A taxa de transmissão de dados necessária para enviar imagens é muito alta, o que poderia impedir o envio dos últimos dados científicos, considerados de alto valor.

A Cassini fez suas últimas imagens na quinta-feira (14), o que e incluiu fotos das luas Titã e Enceladus, de características dos anéis e uma montagem colorida de Saturno e seus anéis. Entre elas, a aurora no polo norte do planeta. A missão custou US$ 3,9 bilhões (cerca de R$ 12,2 bilhões), com investimentos da Nasa, da Agência Espacial Europeia e da Agência Espacial Italiana.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?