Em dia de testes e recorde, Brasil goleia Austrália em amistoso: 4 x 0

A Seleção Brasileira só precisou de 10 segundos nesta terça-feira (13/6) para superar a primeira derrota sofrida sob o comando de Tite, na semana passada. Jogando no Estádio Melbourne Cricket Ground, o time do Brasil dominou a anfitriã Austrália com facilidade, mesmo contando com diversas novidades na equipe, e goleou por 4 x 0, com direito a um gol-relâmpago — o mais rápido da história da Seleção.

O meia Diego Souza teve participação importante na vitória por duas razões distintas: uma histórica e outra tática. O primeiro dos dois gols que ele marcou no jogo ocorreu aos 10 segundos. Logo após o apito inicial, no primeiro lance da partida, Giuliano roubou a bola da defesa australiana, investiu pelo meio e acionou o jogador do Sport, que entrou na área e bateu na saída do goleiro Langerak.

“Fico muito feliz com essa marca. É um trabalho bem feito. Também realizo um sonho de poder estar aqui. Tem 10 dias que estamos aqui, temos filho e esposa, mas temos o prazer de estar aqui com a rapaziada. Eu me sinto bem à vontade. Só tenho a agradecer e me sinto feliz em poder ajudar”, afirmou Diego Souza.

A segunda razão do destaque do atleta foi a boa atuação como centroavante. Além dos dois gols, Diego Souza cumpriu a função de principal referência ofensiva, saiu da área para construir jogadas e mostrou bom entrosamento com os meias.

A atuação rendeu elogios do técnico. “Uma convocação é construída, não é momentânea. São construídas a partir das campanhas passadas, da história da seleção. No caso do Diego Souza, tem um pouco do Brasileiro do ano passado, é um efeito cumulativo dele”, analisou Tite.

Segundo a definição do treinador, bons momentos nos jogos da Seleção rendem “depósitos” nesta “poupança individual” dos jogadores. “A gente vai construindo a convocação, como se imaginássemos uma boa poupança. Com as jogadas, como uma boa cobertura, um belo lance, o jogador vai formando a sua poupança [na Seleção]”, explicou.

Sob este ponto de vista, Tite também aprovou a atuação de Rodrigo Caio e até de Diego Alves, que mal foi exigido pelo ataque australiano. O goleiro do Valencia jogou os 90 minutos do amistoso. Tite afirmou, porém, que Ederson, recém-contratado pelo Manchester City junto ao Benfica, terá novas oportunidades.

Como avaliação final do amistoso, Tite celebrou o “objetivo alcançado”. “Foi importante porque o desempenho veio acompanhado do resultado hoje. No jogo anterior, só tivemos o desempenho”. Na sexta-feira (9), a Seleção foi batida pela Argentina por 1 x 0, também em Melbourne, na primeira derrota de Tite à frente da equipe.

Alterações
Em comparação ao duelo contra os argentinos, a Seleção sofreu oito mudanças na escalação. Diego Souza e Taison foram os que aproveitaram mais a oportunidade. Além do jogador do Sport, o atacante do Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, deixou sua marca logo após entrar em campo. Thiago Silva marcou o outro gol brasileiro.

Além do zagueiro, o meia Philippe Coutinho e o volante Paulinho foram os únicos titulares de sexta-feira (9) que foram mantidos na equipe. Coutinho foi quem teve o desempenho mais discreto. Ele viu a Seleção evoluir rapidamente no setor ofensivo nos últimos 25 minutos da partida, quando foi substituído por Willian.

Efetivo no ataque, o Brasil praticamente não levou sustos na defesa, diante de um público inferior ao jogo com a Argentina — foi quase metade dos 95 mil presentes na sexta. Diego Alves mal tocou na bola, bem protegido por Thiago Silva e Rodrigo Caio. David Luiz completou o setor defensivo ao atuar como volante, logo à frente dos zagueiros.

Eliminatórias
Durante a transmissão do amistoso contra a Austrália, a CBF confirmou que o duelo entre Brasil e Equador, pela próxima rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo da Rússia, será disputado na Arena do Grêmio, em Porto Alegre. A partida está marcada para 31 de agosto.

Ficha técnica:

Austrália 0 x 4 Brasil

Amistoso

Melbourne Cricket Ground
Melbourne (Austrália)

Austrália
Langerak; Wright (Dylan McGowan), Sainsbury (Irvine) e Degenek; Milligan, Luongo (Mooy), Leckie (Ajdin Hrustic), Kruse, Troisi (Rogic) e Behich; Cahill (Jamie Maclaren)
Técnico: Ange Postecoglou

Brasil
Diego Alves; Rafinha, Thiago Silva (Jemerson), Rodrigo Caio e Alex Sandro; David Luiz (Fernandinho), Paulinho (Renato Augusto) e Philippe Coutinho (Willian); Giuliano (Rodriguinho), Diego Souza e Douglas Costa (Taison)
Técnico: Tite

Gols: Diego Souza (dois), Thiago Silva e Taison
Cartão amarelo: Não houve

Árbitro: Hiroyuki Kimura (Japão)

Público: 48.847 pagantes
Renda: Não disponível