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Prince morre aos 57 anos, em seu estúdio em Minessota, EUA

O corpo do cantor foi encontrado em seu estúdio particular, Parsley Park. A causa da morte ainda não foi divulgada

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Prince
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O cantor Prince morreu hoje nos Estados Unidos aos 57 anos. O corpo dele foi encontrado em Parsley Park, seu estúdio particular, em Minessota, nos EUA. Na sexta-feira (15/4), o artista havia passado mal dentro de seu jatinho particular, obrigando o piloto a um pouso de emergência no aeroporto de Quad City. Prince foi levado imediatamente ao um hospital. O motivo, disseram os representantes do cantor, era uma forte gripe.

Naquela ocasião, Prince voltava do que seria sua última apresentação, na cidade de Atlanta, na quinta-feira (14/4). O cantor já subiu ao palco se sentindo mal, e cancelou dois outros shows programados. Na sexta passada, foi liberado três horas depois de dar entrada no hospital. Encontrava-se em repouso em casa quando veio a falecer.

A causa da morte ainda está sendo investigada.

Produção constante
Ao longo de 38 anos de carreira, Prince Rogers Nelson — ou somente Prince, como ficou conhecido — gravou 36 discos. Ele nem tinha completado 20 anos quando lançou o primeiro álbum, “For You”. De cara, emplacou duas músicas nas paradas americana e britânica, “Soft and Wet” e “Just as Long as We’re Together”.

Os trabalhos seguintes só reforçariam o prestígio do artista, fixando seu nome numa constelação de astros da música negra em que cintilavam, à época, Michael Jackson e Lionel Richie. Especialmente “1999” (1982), que se tornou uma referência no desdobramento da black music americana. De “Parade: Music from the Motion Picture Under the Cherry Moon” (1986) saiu o seu primeiro hit mundial, “Kiss”.

Genialidade e controvérsias
Prince soube como poucos se apropriar das influências da música negra americana e revesti-la de uma marca própria. Também chamava a atenção pela versatilidade — era cantor, compositor e multi-instrumentista — e pelo forte apelo sexual de suas performances, que ignoravam as questões de gênero, fazendo o público discutir a sexualidade do artista.

Independentemente das controvérsias, era considerado um gênio. Mas não deixou de ter tempos difíceis. Entre 1994 e 2003, seus questionamentos sobre a relação com as gravadoras o levaram a uma fase de quase reclusão. Mas nunca deixou de produzir regularmente.

Foi nessa época também que ele deixou de usar o nome Prince e se identificar por um símbolo, indecifrável e impronunciável. Assim ele assinou álbuns como “”The Gold Experience” (1995) e “Chaos and Disorder” (1996).

Em meados dos anos 2000, voltou a lançar discos como Prince. Já não tinha a mesma visibilidade dos primeiros anos de carreira. Mas a superexposição, porém, não era o objetivo principal do artista. Com inabalável criatividade e forte personalidade, ao sair da cena, Prince certamente o faz como uma referência a ser lembrada pelas próximas gerações da música negra.

Dez discos para entender a genialidade de Prince:

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A forte personalidade do artista em cinco momentos:

Arrogância
O disco de estreia, “For You”, lançado em 1978, trazia nos créditos: “Produzido, arranjado, composto e executado por Prince”. Para muitos, a ficha técnica soou arrogante, em se tratando de um rapaz de 19 anos, entrando numa seara onde já atuavam artistas do porte de James Brown e Stevie Wonder.

Sexualidade
Com letras ostensivamente sexuais, o álbum “Dirty Mind” (1980) veio seguido de performances em que o artista se expressava também de forma bastante sexual no palco. Foi quando começaram a questionar sua orientação sexual. Ao abrir shows dos Rolling Stones em Los Angeles, em 1981, vestido apenas casaco e cueca, foi vaiado e teve que abandonar o palco.

Romance no Brasil
A única vez em que veio ao Brasil, foi em 1991, como uma das atrações da segunda edição do Rock in Rio. Na ocasião, o cantor viveu um romance com a modelo brasileira Marianne Cotrin. Nada demais, se a garota não tivesse apenas 16 anos de idade. Ele estava com 33.

O inominável
Quando o álbum “O(+>” saiu, em 1992, não trazia na capa nenhum nome, apenas um símbolo impronunciável, que junta os símbolos masculino e feminino. A partir daquele disco, que ficou conhecido como “The Love Symbol Album”, Prince pedia para ser chamado “o artista anteriormente conhecido como Prince” ou simplesmente “o Artista”.

CD com jornal
Em 2007 lançou o CD “Planet Earth”, Prince adotou uma forma até então pouco usual para divulgá-lo. Ele distribuiu 3 milhões de cópias encartadas na edição de 15 de julho daquele ano do jornal britânico Mail On Sunday.

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