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Brasília é celeiro de talentos do hip-hop, rap e black music

As bandas e músicos da cidade produzem discos e canções com influências da música nacional e da cultura afro-brasileira

atualizado

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Tatiana Reis
Thabata Lorena
1 de 1 Thabata Lorena - Foto: Tatiana Reis

Hip-hop, soul music e funk: as músicas de batidas fortes com matriz na cultura negra e da periferia estão em alta no país e na cidade. Um exemplo é Ellen Oléria, que saiu de Ceilândia para o sucesso nacional. Como ela, um hall de artistas mantém a veia cultural pulsante no Distrito Federal, atrás apenas de São Paulo, no mercado do rap nacional.

A música brasileira e mundial, com toda a sua riqueza, é a inspiração de vários artistas que traçam sua trajetória nesse cenário. “Quando escuto canções do outro lado do mundo, percebo como a música negra espelha e influencia nossa música contemporânea, popular” diz Ellen Oléria, vencedora da primeira edição do “The Voice Brasil”. Ela mistura ritmos, como o baião, o blues, o soul, o funk, o jazz, o r&b, o carimbó e o cacuriá. Em seu mais recente trabalho, “Afrofuturista”, a artista emprega o discurso do protagonismo negro no Brasil.

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Seguindo linha semelhante, a cantora e compositora Thabata Lorena, moradora de Taguatinga, utiliza as tradições populares mescladas com o hip-hop para fazer um som ousado. Em seu trabalho “Novidades Ancestrais”, propõe um mix entre maracatu, coco de roda, frevo, batuques, rap e soul. A artista lançou um DVD homônimo fruto de um trabalho de 13 anos de carreira, no qual discute os padrões de beleza e sociais, como na música “Alisar pra quê?”.

Outra banda que merece destaque é a Ataque Beliz. Formada em 2001, na região administrativa do Paranoá, pelos artistas Higo Melo, Thiago Jamelão, Paulinho Goes, Patrique Rerisson, Hugo Rodrigues e Amaro Vaz, o grupo toca soul e jazz com o vocal de rap. “Visamos nadar contra a corrente, no sentido de nos inspirar em músicas pouco convencionais no mercado”, diz o vocalista Higo Melo.

Em 2009, o grupo dividiu o palco com Caetano Veloso, Tony Garrido e Dudu Nobre e, no ano de 2011, participou do programa Som Brasil, da Rede Globo, interpretando as canções “Pois É”, “Laranja Madura” e “Ai, que saudades da Amélia” do sambista Ataulfo Alves. Eles têm quatro trabalhos lançados em CD físico e digitais. No ano passado, a banda lançou o álbum “Voe Como uma Borboleta e Ferroe como uma Abelha”, com participação de Tássia Reis, Felipe Souljah, Robsom Selectah, Victor Victrola e Ellen Oléria.

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Em comemoração dos 25 anos de carreira, a rapper Vera Veronika lançou, em maio, o disco “Mojubá”, que significa bênção e respeito. O álbum traz as mensagens comuns aos direitos humanos, como mostra a música “Calada Não Mais”, sobre a violência contra as mulheres. A professora universitária foi uma das pioneiras no rap do Distrito Federal, ainda na década de 1990.

Pela proximidade com os colegas brasilienses, Ellen Oléria muitas vezes está presente nas produções ou composições. “Não é possível para uma pessoa que se chame de artista não se conectar com as questões sociais, políticas e econômicas ao seu redor”, diz a cantora, que atualmente reside em São Paulo.

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